terça-feira, 28 de julho de 2015

Cristo é a Nossa Justiça


“Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Rm 5:18; 6:6-7; 8:1)

Houve um tempo em que estávamos em Adão. Como descendentes deste cabeça universal da raça humana, todos nós herdamos uma natureza corrompida, conseqüentemente, recebemos todas as implicações do pecado sobre nós. Quando Adão caiu em pecado, não pecamos pessoalmente, pois ainda não existíamos, todavia, como membros de sua linhagem, caímos com ele em adotar e endossar a sua rebelião contra Deus ao cometermos pecados pessoais. Éramos por isso, inimigos de Deus por causa de nossas obras malignas, separados da comunidade de Israel, estranhos à aliança da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Por natureza, éramos filhos da ira, estávamos sob a condenação eterna e merecíamos, indiscutivelmente, a justa sentença condenatória de Deus. “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, -pela graça sois salvos, Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.”(Ef 2:4; Is 53:6 ; 1ª Pe 2:24).
O Justo Filho de Deus, Cristo, Ele que não conheceu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca, sim, Ele que era no princípio o Verbo, um com Deus, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai, o Sempiterno Deus, Se manifestou em semelhança de carne pecaminosa a fim de condenar o pecado em Sua própria carne, tornando-se Justiça de Deus para nós. “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” (Rm 8:3; 4:25; 2ª Co 5:19). “Merecíamos a condenação, mas Ele nos justificou; merecíamos o inferno, mas Ele nos livrou; graça, absolutamente graça!” “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Rm 3:24-26).
Aleluia! Não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus! “Pagamento duplo, a justiça de Deus não pode demandar; primeiro da mão sangrenta do meu Penhor, e então, novamente da minha.” “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2ª Co 5:21) “A justiça de Cristo, declarada na alta corte de justiça, é nossa absolvição, completa e final.” Foi dentro deste contexto que nosso amado irmão Gino Iafrancesco declarou: “Deus não vai cobrar de você o que aceitou cobrar do Cordeiro!” Cristo Jesus Se nos tornou da parte de Deus nossa completa salvação: passada, presente e futura. Cristo mesmo é a dinâmica de todas as exigências de Deus. “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,” (1ª Co 1:30) Irmãos e irmãs, não temos mais sabedoria alguma; agora, Cristo é nossa sabedoria. Não temos mais justiça alguma; agora, Cristo é nossa justiça. Não temos mais santificação alguma; agora, Cristo é nossa santificação. Não temos mais redenção alguma; agora, Cristo é nossa redenção. Cristo Se nos revela como resposta a todas as exigências de Deus. “Todas as nossas fontes são Nele” (ver Sl 87:7), o que equivale a dizer que sem Ele nada podemos e nada temos a não ser condenação eterna. Mas graças a Deus, ao que nos concerne o Senhor levará a bom termo, pois a Sua misericórdia dura para sempre e aos Seus propósitos Ele não renunciará. “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.” (Rm 8:28-34) Glória Deus! Temos agora um Sumo Sacerdote diante de Deus, Cristo Jesus! Irmãos e irmãs precisamos considerar: a salvação de Deus é Cristo Jesus, a santificação é o crescimento de Cristo em nós, enquanto a glorificação é a transformação à semelhança de Cristo. Assim, temos o supremo propósito de Deus revelado: Cristo “revelado” em nós (Gl 1:15-16), Cristo “vivendo” em nós (Gl 2:20) e Cristo sendo “formado” em nós (Gl 4:19). Aleluia! Inseridos em Cristo pela soberana graça de Deus, fomos participantes da morte e ressurreição de Seu Filho e, deste modo, fomos sidos altamente favorecidos no Amado, no qual recebemos a plena justificação e vida, segundo a riqueza de sua graça, para louvor da sua glória. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,” (Ef 1:3) Graças a Deus por Jesus Cristo, Autor e Consumador de nossa fé. “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa.! (Gl 2:20; Rm5:1; Jr 23:6) Amém!

(Levi Cândido)

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A CRUZ DE CRISTO


Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. (1 Coríntios 1:18)

Vamos considerar nesta oportunidade um dos símbolos do cristianismo aparentemente mais contraditório ou escandaloso para a mente natural: a cruz de Cristo. No entanto, para o cristão, nela é revelada a misericórdia, o amor , a justiça, o juízo, e todos os atributos de Deus brilhando-se em glória surpreendente na salvação do Seu povo.
Para alguns sua palavra é loucura, para outros é o poder de Deus. Para o homem natural a cruz é ofensa, para o crente, libertação. A cruz de Cristo sempre será ofensiva para o homem natural.
Como pode o "Libertador de Israel" ser entregue em fraqueza à morte sem nenhuma resistência através da pior morte concebível a um mortal, numa cruz?
Como é possível que através de um instrumento de morte, possibilite-se vida abundante?
Como é possível que através de um instrumento de condenação, venha justificação?
Como é possível que através de um instrumento de maldição, manifeste glorificação?
Como é possível que através de um instrumento de fraqueza completa manifeste o poder e triunfo completo?
Como é possível que através de um instrumento de separação, traga em si a reconciliação?
Realmente, estamos considerando o poder transformador de Deus: A Palavra da Cruz.
Paulo, o apóstolo de Jesus Cristo contemplou a cruz e então considerou: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." (Gálatas 6:14). Realmente, foi isto o que Paulo contemplou: A Cruz é o ponto de encontro entre o homem pecador e o Deus Salvador. O testemunho de Deus está relacionado diretamente à Cruz de Seu Amado Filho.
  “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” (1 Coríntios 2:1-2)
A cruz é o caminho de salvação de Deus. O apóstolo Paulo foi despertado por Deus para reconhecer que não havia outra forma de salvação do miserável pecador senão através da cruz de Cristo. Certamente a cruz é o lugar do arruinado, do corrupto, do bandido, do canalha, do mesquinho, do perverso, do arrogante, do presunçoso, do orgulhoso, do exibido, do religioso, enfim, do pecador perdido em todas as suas nuanças.
A cruz faz parte dos desígnios de Deus para a salvação do pecador perdido, o julgamento do pecado, da morte e do diabo com seus anjos, e para a manifestação de Sua glória.
“A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;”
“Saiba, pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (Atos 2:23; Atos 2:36)
Isto nos mostra que a cruz de Cristo é atemporal, isto é, ela precede o tempo e tem valor eterno. Há muitos anos antes do advento do Messias prometido, Isaias profetizou acerco do sacrifício do Redentor: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
"Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.” (Isaías 53:5-8)
A cruz não era a derrota, como os inimigos do Senhor imaginavam, mas a chave do plano divino. A visão retrospectiva de Pedro também nos remete a essa realidade pretérita, presente e futura.
“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;
E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus;” (1 Pedro 1:18-21)
O escritor aos Hebreus enfatiza a eficácia eterna do sangue de Cristo que redimiu tanto aos santos da antiga aliança, quanto os da nova aliança. Isto implica que o sacrifício de Cristo na cruz não se repete, mas é perfeito e eficaz para sempre.
“Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.” (Hebreus 9:13-15)
 O elemento surpreendente da cruz não é o sangue, mas o sangue de quem e com que propósito. ¹
O cristianismo bíblico afirma que Cristo possui duas naturezas, que Ele é tanto divino quanto humano (100% Deus e 100% Homem). Ele existe junto com Deus Pai na eternidade como a segunda pessoa da Trindade, mas tomou a natureza humana na encarnação. O que resulta disso não compromete nem confunde, seja a natureza divina, seja a humana, de modo que Cristo era totalmente Deus e totalmente Homem, e permanecerá nessa condição para sempre.²
Por isso somente Ele poderia interpor-se em um abismo infinito para salvar o pecador. O Justo sobre a cruz é o  único ponto de contato entre o pecador e o poder salvador de Deus.³ O ato de rebelião de Adão resultou em um abismo intransponível entre a humanidade caída e um Deus três vezes Santo, porque a absoluta perfeição não pode coexistir com a imperfeição.
“Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um”. “Quem do imundo tirará o puro? Ninguém.” (Salmos 14:3; Jó 14:4)
Ao pecador caído era impossível transpor esse abismo por seus próprios esforços e méritos. Vemos esse princípio explicado por Jesus em Lucas 16:25-26.
“Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.”
(Lucas 16:25-26)
A Escritura é clara em afirmar que após a morte inevitavelmente vem o juízo. “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,” (Hebreus 9:27)
Vemos também que cada indivíduo receberá a punição do seu próprio pecado conforme o profeta Ezequiel 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” (Ezequiel 18:20)
O pecador nessa condição tornou-se incapaz de chegar-se a Deus por qualquer outro meio exceto através de Outro que pudesse salvá-lo satisfazendo a justiça do Deus Eterno. Esse Deus Santo e Justo exige a pena de morte pelo pecado. Portanto, o único modo para Ele poder perdoar qualquer um de nós pecadores, é morrer como nosso substituto. Graças a Deus Ele o fez na pessoa de Cristo Jesus.
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;” (1 Pedro 3:18)
“O universo material veio à existência  como resultado de Deus meramente mandar que isso ocorresse, enquanto que a salvação do homem requereu que Deus morresse” * Esse foi o caminho de salvação de Deus para o pecador destituído de Sua glória. A cura do pecado teria de passa pela cruz. Consideremos sobre uma metáfora registrada em Números no capítulo 21. Esse fato foi ocorrido no deserto após a saída dos israelitas do Egito. O povo de Israel estava em constante rebelião com Deus e repudiando a Sua provisão misericordiosa. Então o Senhor enviou “serpentes abrasadoras” entre o povo e muitos morreram. No entanto, como resultado do arrependimento do povo e da intercessão de Moisés, Deus mais uma vez deu provisão para sua salvação.
Ele ordenou a Moisés: “E disse o Senhor a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela.” (Números 21:8)
A princípio parece contraditório a lógica: A cura dos feridos tivesse a semelhança daquele que havia ferido. No entanto, dá-nos uma poderosa imagem da cruz de Cristo. Os israelitas estavam morrendo do veneno das serpentes ardentes. O homem morre do veneno de seu próprio pecado. A Moisés lhe havia sido ordenado colocar a causa da morte no alto em uma haste. Deus colocou a causa de nossa morte sobre Seu próprio Filho ao levantá-Lo alto sobre a cruz. “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:14-15)
Cristo veio “em semelhança de carne pecaminosa”, conforme Rm 8:3 , e quando Ele nos atraiu a Si mesmo em Seu corpo pendurado na Cruz, Ele foi feito“Pecado por nós”. "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." (2 Coríntios 5.21)
Os israelitas que cressem em Deus e “olhassem” para a serpente de bronze pendurada viveriam. O homem que crê em fé, para o Cristo crucificado, será salvo.“Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.” (Isaías 45:22)
Segundo a Escritura, Cristo se “fez pecado” na mesma forma em que os pecadores  “são convertidos na justiça de Deus”. Cristo se fez pecado com o nosso pecado, para que nós pudéssemos nos tornar justos com a Sua justiça.
Mas a cruz que é o instrumento de morte precede a vida ressurreta. “E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado.
"Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.” (João 12:23-24) A palavra de Deus proclama que há vida vinda da morte. “Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.”  (1 Coríntios 15:36)
“A vida oferece apenas duas alternativas: crucificação com Cristo ou auto-destruição sem Ele” ** "Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.” (1 Coríntios 15:25)
Aqui se faz necessário esclarecer: Não é a alma, mas a vida da alma que precisa morrer. As duas primeiras menções de “vida” nesse texto refere-se à vida “Psique”- a vida da alma, enquanto que a terceira menção de “vida” refere-se à “Zoê”- a vida do espírito. Isto quer dizer: Quem ama a sua vida (da alma) perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida (da alma), guardá-la-á para a vida (do espírito) – a vida eterna (em Cristo).
Considerando nesse aspecto, Thomas Manton declarou: Cristãos mortificados são a glória de Cristo. Dessa forma podemos crer juntamente com o  apóstolo Paulo que a vida do cristão é Cristo. Pela cruz temos a vitória contra o “EU”, substituída pela vida do “EU SOU”. “Não mais Eu, mas Cristo”, é o novo nascimento de cada filho de Deus.“Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim;” (Gálatas 2:20)
Também pela cruz temos vitória sobre o mundo. “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gálatas 6:14)
Pela mesma cruz temos vitória sobre a carne. “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.” (Gálatas 5:24)
E finalmente, através de Cristo crucificado temos vitória contra as nossas ofensas  e o livramento contra os principados e potestades.
“E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.” (Colossenses 2:13-15)
Em conclusão devemos considerar que a cruz de Cristo é a fonte da qual emana a genuína e permanente espiritualidade de todos os regenerados por Deus. Watchman Nee sobre isso escreveu: O próprio Deus sabe o valor eterno da cruz de seu Filho. Ele manifestou a todos o eterno frescor da cruz de seu Filho. Agora ele deseja ganhar os redimidos de modo que também conheçam esse fato. A percepção do frescor eterno da cruz traz poder. A percepção do frescor eterno da cruz traz amor. A percepção do frescor eterno da cruz traz vitória. A percepção do frescor eterno da cruz traz longanimidade. Se verdadeiramente conhecermos o frescor da cruz, que inspiração receberemos dela!
 “De fato, a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo; mas para nós que estamos sendo salvos, é o poder de Deus” (NTLH). Aleluia!


(Levi Cândido)

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Notas:
¹(Donald English), ²(Vincent Cheung), ³( Lewis Sperry Chafer),*Ron Riffe; **(Cristão Anônimo);

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segunda-feira, 27 de julho de 2015

O GRANDE TERREMOTO DO APOCALIPSE - Um Chamado ao Arrependimento


     
"Imediatamente, ocorreram relâmpagos, vozes, trovões e um colossal terremoto. Nunca havia irrompido um terremoto de tão devastadoras proporções quanto esse, desde que o ser humano existe sobre a terra." (Apocalipse 16:18)


 O Senhor predisse em Sua Palavra que próximo ao tempo que precederia a sua volta aconteceria uma série de eventos, incluindo terremotos em vários lugares, conforme Mateus 24:7 "Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares."
Como uma mulher que está com dores de parto, os acontecimentos se multiplicariam gradativamente até ao seu ápice: o fim dos tempos. Indubitavelmente, serão tempos difíceis e já estamos presenciando uma sucessão cada vez maior de fatos que nos aproximam dessa realidade apocalíptica. Esse grande terremoto registrado em Apocalipse 16:18 poderá ser uma parte das calamidades que marcarão o fim dos tempos, ou ainda, pode ser um dos fenômenos que prenunciam  o julgamento divino final, ao lado dos demais sinais apocalípticos descritos sucessivamente.
O fato é que, assim como aconteceu com o desabamento da torre de Siloé, que caiu sobre 18 pessoas matando-as, a voz do Senhor continua chamando: "Se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis." (Lucas 13:5).
Toda a descrição do sexto selo de Apocalipse 6:12-17 faz lembrado a profecia de Jesus sobre os acontecimentos cósmicos que anteciparão a sua volta (Mateus 24:29-30).
"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória."
Alguns especialistas já previram através de pesquisas geológicas que iminentemente poderá haver terremotos em alta magnitude nos Estados Unidos, na África e em outros lugares, chegando a escalas de 8 graus de magnitude para mais.
Creio que os abalos sísmicos que atingem nosso planeta atual em escalas ascendentes são alarmes de que o pior está para acontecer.
Robert H. Pierson comenta algo sobre terremotos e ele disse: Com freqüência e intensidade crescentes a Mãe Terra tem estado tremendo e balançando. Centenas de milhares de pessoas perderam suas vidas. Muitos milhares mais perecerão em grandes espasmos da terra que virão. Nunca, desde os dias de Noé, o mundo foi fustigado tão violentamente.
O mesmo autor após considerar a inevitabilidade dos eventos sísmicos, conclui: De novo Deus está falando conosco – Ele está procurando dizer-nos que nosso tempo é curto. Seu Filho, Jesus Cristo, retornará logo. A voz da natureza fala através das inundações, das tempestades, dos terremotos.
De fato, as profecias estão todas se cumprindo inegavelmente diante de nós. Segundo alguns teólogos de nossa época, 97% das profecias todas já foram cumpridas faltando apenas os 3%. O tempo se abrevia por causa dos eleitos de Deus. "E, se aqueles dias não tivessem sido abreviados, nenhuma carne seria salva. Mas, por causa dos eleitos, aquele tempo será encurtado." (Mateus 24:22). 
Faz-se necessário perguntarmos àqueles que ainda não tiveram um experiência de fé no Senhor Jesus Cristo e não entregaram a sua vida e o destino de suas almas nas mãos de Deus: Qual é o seu destino? 
Não estou perguntando se você já foi agregado a alguma igreja, se já foi batizado, se pertence ou não a alguma entidade religiosa, se faz algum bem para ser salvo, etc..., mas sim, se a sua esperança é o Senhor Jesus,  se a sua segurança é Cristo, se Cristo é o Seu Senhor e Salvador, se Ele é para você o que Paulo disse que Cristo é para os verdadeiros filhos de Deus: "Sabedoria, Justiça, Santificação e Redenção" (1 ª Corintios 1:30). O que Cristo é para você? Se partires deste mundo agora, Cristo é a sua morada? Ele é o teu caminho, a tua verdade e a tua vida? (ver João 15:4, 14:6).

"Qual o teu destino?", é o título do seguinte poema:

Avançando, tão depressa! sim, mas que destino tens? Será para a glória eterna de felicidade e bens? Avançando, tão depressa, sim, mas que destino tens? Avançando, tão ligeiros, - nada o tempo pode sustar! – alguns há que estão seguindo para o glorioso lar, avançando! bem alegres, Cristo é guia pra os levar. Avançando, pra desgraça – muitos seguem rumo tal, desprezando o perigo da sua alma imortal, avançando, indiferentes, para a perdição total.  Eis veloz, com passo certo, breve o tempo vai findar. Pecador! ouve o convite, Cristo pode a vida dar. Vem a Cristo, sem demora; Só Jesus pode salvar! (Autor desconhecido).

Pense nestas palavras: Uma sombra negra paira sobre o mundo; Corações estão desmaiando de terror: por detrás de aparente confiança, aumenta sempre a ansiedade e horror. Esta sombra sobre o mundo nos avisa, que de Deus a longanimidade vai findar; A grande expiação de Cristo, o Salvador, ao homem nunca mais vai se apresentar. (Autor desconhecido). Qual é o destino de sua alma?

Reconheça que aparte de Cristo você está totalmente perdido. Como o publicano de Lucas 18:13, clame a Jesus do fundo do seu coração: "Ó Deussê propício a mim, o pecador!", o que equivale a rogar ao Senhor: "Ó Deus, faze propiciação por mim". E a resposta do Senhor virá por graça a você: "E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo." (1 João 2:2).

"Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado  por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." (2 Corintios 5:21).

Sim, Cristo Jesus que não conheceu pecado (Ele nunca pecou, nem dolo se achou em sua boca), Deus, o Pai, fez dele "pecado" por nós (quando Ele tomou sobre Si as nossas transgressões em Seu corpo na cruz); para que nele (na sua morte, sepultamento e ressurreição) fôssemos declarados justos pela Sua justiça a nós imputada. Ele morreu a nossa morte para que, incluídos nele fôssemos regenerados pela Sua vida (leia Romanos 6:5-7,11), e desse modo, compartilhássemos da sua vida ressurrecta."a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória." (Colossenses 1:27).  Creia que Cristo crucificado nos atraiu a si mesmo na cruz para nos fazer morrer nele, a fim de que fôssemos feitos nova criação de Deus.  

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (2 Coríntios 5:17). 

O Senhor tenha misericórdia de você que clamar por Ele para a sua salvação.

"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação." (Romanos 10:9,10).
Amém.

(Levi Cândido)
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"O Grão de Trigo" (João 12:24)


O versículo supracitado é de fato mui precioso e deve ser considerado e admirado pelo povo de Deus  por sua relevância e excelência. Ele é muito importante, enfatizo, principalmente, devido a quem  o citou: o próprio Senhor Jesus, e ao que ele desejou ensinar ou revelar ao Seu povo através desta simbologia.
 Consequentemente, o que podemos aprender dele são realidades espirituais consistentes, essenciais e permanentes, realidades essas que nos concernem em nossa vocação celestial - passada, presente e futura.
Ilustrativamente, este verso nos revela o âmago do Evangelho pelo qual somos salvos e o propósito de Deus em relação ao Seu povo escolhido.
Por isso, a preciosidade dele só pode ser contemplada em realidade pelos olhos ungidos pelo Espírito. Somente o Consolador Bendito pode desvendar os nossos olhos para vermos mais da beleza do Salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, mesmo que através de um simples símbolo aplicado.
Primeiramente podemos observar que o texto supracitado se trata de uma figura ilustrativa que alude a vida, encarnação, morte e ressurreição de Cristo Jesus. Este é o centro do evangelho.  À parte dele, ninguém absolutamente poderá ser salvo, exceto se não for unido a essas realidades espirituais pela fé em Cristo. Ninguém poderá ser salvo meramente através de um assentimento intelectual à respeito de Cristo, tais como, "repetir uma oração", "levantar uma de suas mãos (ou as duas) aceitando-se a Cristo" ¹, "ser batizado nas águas", ou qualquer outra experiência relacionada à salvação. Não! A imutabilidade da Escritura Sagrada é divinamente mantida: exceto,  se alguém não nascer de novo (conforme as Escrituras Sagradas necessariamente ensinam), não poderá ver e nem entrar no reino de Deus. E não há, nem pode existir a realidade de novo nascimento ou regeneração à parte da união com a Pessoa de Cristo, pela fé, através do Evangelho.²
Retornando agora ao texto de João 12:24, podemos contemplar essa realidade explícita diante de nós.
Vejamos: "Se o grão de trigo (Cristo) caindo na terra (encarnação) não morrer (morte), fica ele só (o Unigênito), mas se morrer (expiação), produz muito fruto (ressurreição espiritual: frutificação espiritual).
Parafraseando este verso podemos expressar: "Se o Filho Unigênito de Deus sendo enviado à terra não morrer, permanece Ele somente (único Filho de Deus), mas se morrer gerará muitos filhos espirituais através da sua ressurreição."
Expressando-se de outro modo, se Cristo Jesus nascesse entre os homens e não "derramasse a sua alma na morte", Ele permaneceria sendo o Unigênito do Pai e Deus continuaria somente com um Filho, o Seu Amado. Sendo assim, O Deus triúno continuaria na mais harmoniosa unidade santa, porém, a Sua criação permaneceria perdida, destituída da sua glória, sem esperança e sem Deus no mundo.
Mas glória a Deus, o Seu Amado Filho foi enviado para "buscar e salvar o que havia se perdido". Deus deu o Seu Filho para tê-Lo de volta em cada um dos Seus escolhidos. O Unigênito retorna ao Pai como o Primogênito entre muitos irmãos. (Hebreus 2:10)
Como isso se tornou possível? Através do Evangelho: o testemunho de Deus. A cruz de Cristo é o ponto de encontro do Deus salvador e o homem pecador. Não fosse pela provisão celestial, ninguém seria salvo, pois havia parede de separação, uma inimizade, um afastamento da criatura com o Seu criador. (Efésios 2:8-10)
"Qual foi a etapa seguinte necessária à realização da Obra de Redenção? A Encarnação em si não satisfaria a nossa necessidade. “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto”. (Jo 12:24). O Cristo encarnado revela a vida perfeita e imaculada que por si só entra em contato com a mente de Deus, mas não ajuda a atravessar o espaço intransponível entre um Deus Santo e um pecador arruinado. Para tal, o pecado deve ser afastado, e isto não pode ser feito a não ser que a morte entre em cena. “Pois sem o derramamento de sangue não há remissão”. O cordeiro deve ser morto. O Santo deve entregar Sua vida. A Cruz é o único lugar onde as exigências justas do trono de Deus podem ser satisfeitas." (A.W.Pink)
Quando Adão pecou, todos pecaram, e como sua descendência (pois todos nós estávamos nele) ficamos destituídos da glória de Deus. A sua morte (separação, afastamento, inimizade) foi a nossa morte, porque ele era o nosso representante. Por isso alguém disse com muita sabedoria que "Pecador gera pecador, mas santo não gera santo".
“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. (Romanos 5:12)
Só existe um meio de transformar pecadores em santos: É pela união com o Santo dos santos através da cruz - sua morte, sepultamento e ressurreição: ou seja, pelo novo nascimento em Cristo. "Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo", disse Jesus a respeito de sua crucificação.(João 12:32)
Essa realidade espiritual se tornou possível através da cruz, pois está escrito: "Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado como escravos." (Romanos 6:6)
A realidade é esta: Nascemos fora do reino de Deus, separados da vida Dele, mortos espiritualmente e, consequentemente, trazemos estampada em nós a imagem terrena, a imagem do homem caído. Vemos claramente essa referência pela palavra de Deus em alguns textos. Por exemplo, Genesis 5:3, 1ª Corintios 15:45-49, etc).
Ao contrário do que muitos imaginam dizendo: "Somos à imagem de Deus", ninguém possui esta imagem em si mesmo, somente o Filho Amado de Deus, Jesus Cristo (Colossenses 1:15), o 'grão de trigo' que foi enviado pelo Pai. É necessário nascer de novo para que a imagem divina possa ser restaurada no homem caído pelo pecado. (João 3:3)
Cumprido João 12:24, essa verdade passa a ser realidade em nós pela fé do Filho de Deus. "Eu já estou crucificado com Cristo (crucificação). Assim, já não sou eu quem vive (morte compartilhada), mas Cristo vive em mim (novo nascimento).  A vida que agora  vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim." (Gálatas 2:20)
O grão de trigo (Cristo) caiu à terra (em carne), morreu (expiação)
para que através da sua ressurreição Ele produzisse muitos frutos semelhantes a Ele.
"Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou." (Romanos 8:29-30)
João Calvino comentando estes versos expôs com muita propriedade dizendo: "29. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou. Paulo mostra, portanto, pela própria ordem da eleição, que todas as aflições dos crentes são simplesmente os meios pelos quais são identificados com Cristo. Ele previamente declarara a necessidade disto. As aflições, portanto, não devem ser um motivo para nos sentirmos entristecidos, amargurados ou sobrecarregados, a menos que também reprovemos a eleição do Senhor, pela qual fomos predestinados para a vida, e vivamos relutantes em levar em nosso ser a imagem do Filho de Deus, por meio da qual somos preparados para a glória celestial. O conhecimento antecipado de Deus, mencionado aqui pelo apóstolo, não significa mera presciência, como alguns neófitos tolamente imaginam, mas significa, sim, aadoção, pela qual o Senhor sempre distingue seus filhos dos réprobos. Neste sentido, Pedro diz que os crentes foram eleitos para a santificação do Espírito segundo a presciência divina [1 Pedro 1:2]. Aqueles, pois, a quem me refiro aqui, tolamente concluem que Deus não elegeu a ninguém senão àqueles a quem previu que seriam dignos de sua graça. Pedro não incensa os crentes como se fossem todos eles eleitos segundos seus méritos pessoais, senão que, ao remetê-los ao eterno conselho de Deus, declara que estão todos inteiramente privados de qualquer dignidade. Nesta passagem, Paulo também reitera, em outras palavras, as afirmações que já havia feito concernentes ao propósito divino. Segue-se disto que este conhecimento depende do beneplácito divino, visto que, ao adotar aqueles a quem ele quis, Deus não teve qualquer conhecimento antecipado das coisas fora de si mesmo, senão que destacou aqueles a quem propôs eleger.
O verbo proorizw [proorizo], o qual é traduzido por predestinar, aponta para as circunstâncias desta passagem em pauta. O apóstolo quer dizer simplesmente que Deus determinara que todos quantos adotasse levariam a imagem de Cristo. Não diz simplesmente que deveriam ser conformados a Cristo, e, sim, à imagem de Cristo, com o fim de ensinar-nos que em Cristo há um vivo e nítido exemplo que é posto diante dos filhos de Deus para que imitem. A súmula da passagem consiste em que a graciosa adoção, na qual nossa salvação consiste, é inseparável deste outro decreto, a saber: que ele nos designou para que levemos a cruz. Ninguém pode ser herdeiro do reino celestial sem que antes seja conformado ao Filho Unigênito de Deus.
A fim de que ele seja [ou, fosse] o primogênito entre muitos irmãos. O infinitivo grego, einai [einai], pode ser traduzido de outra forma, porém preferi esta. Ao chamar Cristo de o primogênito, Paulo quis simplesmente expressar que, se Cristo possui a preeminência entre todos os filhos de Deus, então, com razão, ele nos foi dado como exemplo, de modo que não devemos recusar nada de tudo quando agradou-lhe suportar. Portanto, o Pai celestial, a fim de mostrar, por todos os meios, a autoridade e a excelência que conferiu a seu Filho, ele deseja que todos aqueles a quem adota como herdeiros de seu reino vivam de conformidade com o seu exemplo.
Embora a condição dos santos difira na aparência (assim como há diferença entre os membros do corpo humano), todavia há certa conexão entre cada indivíduo e sua cabeça. Como, pois, o primogênito leva o nome da família, assim Cristo é colocado numa posição de preeminência, não só para que sua honra seja enaltecida entre os crentes, mas também para que ele inclua todos os crentes em seu seio sob o selo comum de fraternidade.
30. E aos que predestinou, a esses também chamou. Paulo agora emprega um clímax a fim de confirmar, por meio de uma demonstração mais clara, quão verdadeiramente a nossa conformidade com a humildade de Cristo efetua a nossa salvação. Daqui ele nos ensina que a nossa participação na cruz é tão conectada com a nossa vocação, justificação e, finalmente, nossa glória, que não podem ser desmembradas.
A fim de que os leitores possam melhor entender a intenção do apóstolo, é bom que se lembrem de minha afirmação anterior, ou seja: que o verbo predestinar, aqui, não se refere à eleição, mas ao propósito ou decreto divino pelo qual ordenou que seu povo levasse a cruz. Ao ensinar-nos que agora são chamados, o apóstolo tencionava que Deus não oculta mais o que determinara fazer com eles, mas que o revelou a fim de que pudessem levar com equanimidade e paciência a condição a eles imposta. A vocação, aqui, é distinguida da eleição secreta, como sendo inferior a ela. Pode-se alegar que ninguém tem conhecimento algum da condição que Deus designou a cada indivíduo. Portanto, para evitar isto, o apóstolo diz que Deus, através de seu chamado, testifica publicamente de seu propósito oculto. Este testemunho, contudo, não consiste só na pregação externa, mas tem também o poder do Espírito conectado a ela, pois Paulo está tratando com os eleitos, a quem Deus não só compelepor meio de sua Palavra falada, mas também convence interiormente.
A justificação, aqui, pode muito bem ser entendida como que incluindo a continuidade do favor divino desde o tempo da vocação do crente até sua morte. Mas, visto que Paulo usa esta palavra ao longo da Epístola, no sentido da imerecida imputação da justiça, não há necessidade de nos apartarmos deste significado. O propósito de Paulo é mostrar que a compensação que nos é oferecida é por demais preciosa para permitir-nos enfrentar com ânimo as aflições. O que é mais desejável que ser reconciliado com Deus, de modo que nossas misérias não mais são sinais da maldição divina, nem mais nos conduz à destruição?
O apóstolo acrescenta que aqueles que se vêem oprimidos pela cruz serão glorificados pela cruz serão glorificados, de modo que seus sofrimentos e opróbrios não lhes produzem dano algum. Embora a glorificação só foi exibida em nossa Cabeça, todavia, visto que agora percebemos nele a herança da vida eterna, sua glória nos traz uma segurança tal de nossa própria glória, que a nossa esperança pode muito bem ser comparada a uma possessão já presente.
Deve-se acrescentar ainda que o apóstolo empregou um hebraísmo e usou o tempo passado dos verbos, em vez do presente. O que ele pretende é, quase certo, um ato contínuo; por exemplo: “Aqueles a quem Deus agora educa sob a cruz, segundo seu conselho, ele chama e justifica, ato contínuo, para a esperança da salvação; de modo que, em sua humilhação, não perdem nada de sua glória. Embora seus sofrimentos atuais a deformem aos olhos do mundo, todavia, diante de Deus e dos anjos, ela está sempre a brilhar em perene perfeição”. O que Paulo, pois, pretende mostrar, por este clímax, é que as aflições dos crentes, as quais são a causa de sua atual humilhação, têm como único propósito fazê-los entender que possuem a glória do reino celestial e que vão alcançar a glória da ressurreição de Cristo, com quem já se acham crucificados".³
Pela fé no Evangelho, Cristo se tornou da parte do Pai para nós, a nossa Sabedoria, a nossa justiça, a nossa santificação e a nossa redenção. (1ª Corintios 1:30)
O propósito de Deus em ter uma família com muitos filhos semelhantes ao Seu Filho tem a centralidade em Cristo - o caminho, a verdade e a vida -, pois a igreja está em Cristo como Eva estava em Adão. "E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial." (1 Coríntios 15:49)
Hoje Cristo vive assentado à destra de Deus nos lugares celestiais e expressa-se através do seu corpo: a sua Igreja. (Efésios 2:6, João 14:19-20)
"Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles.
Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregação." (Hebreus 2:10-12)
Graças a Deus pelo Grão de Trigo que foi moído e esmagado na sua morte para que produzisse a vida de muitos grãos pela sua ressurreição.
Amém.

                                                                      (Levi Cândido)
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NOTAS:
¹À propósito, esta prática não era comum na Igreja primitiva. Conforme o registro da história teve início
em torno de ...Neste contexto as palavra de A.W.Pink são oportunas, disse ele: "“A simples
aceitação de um ensinamento verdadeiro sobre a pessoa de Cristo, sem o coração ter sido ganho
por Ele, e a vida ter sido devotada a Ele, é apenas mais outra etapa deste caminho “que ao
homem parece direito”, mas cujo fim “são caminhos da morte”.  “Foram os Metodistas e os
Evangelistas reavivalistas do século XVIII que deram luz a esta novidade no cristianismo que se
chama de “apelo”. Esta prática de convidar pessoas que desejam orações a colocar-se de pé e vir
à frente para recebê-las surgiu de um evangelista Metodista chamado Lorenzo Dow. Posteriormente
o reverendo James Taylor foi um dos primeiros a chamar pessoas para virem à frente em sua igreja
em 1785 no Tennessee. O primeiro uso do altar de que se tem registro com relação a um convite
público aconteceu em 1799 em um acampamento metodista em Rio Vermelho, Kentucky, E.U.A.  [117]
Mais tarde, em 1807 na Inglaterra, os metodistas criaram o “banco de penitentes”. [118] Agora,
os pecadores ansiosos tinham um local para confessar seus pecados ao serem convidados para vir
à frente. Este método chegou aos Estados Unidos dentro de poucos anos. O evangelista Charles
Finney (1792-1872) acatou este “banco de penitentes”. Finney começou a usar este método a partir
de sua famosa cruzada de 1830 em Rochester, Nova Iorque. [119] O “banco de penitentes”
localizava-se defronte ao lugar onde os pregadores se postavam no púlpito. 120[120] Ali tanto
pecadores como santos carentes eram convidados a ir à frente para receber as orações do ministro.
 [121] Finney elevou o “apelo ao altar” ao nível de uma obra de arte. Seu método consistia em
pedir àqueles que queriam ser salvos para que se levantassem e fossem à frente. Finney tornou
esse método tão popular que “após 1835, chegou a ser um elemento indispensável no moderno
evangelismo”. [122]


²À propósito, fé essencialmente significa "unir-se a". Disto depreendemos que quem crê em Cristo é unido a Ele e recebe os benefícios de Seu sacrifício vicário. Porque Cristo e a Sua obra expiatória são inseparáveis.

³http://www.monergismo.com/textos/jcalvino/romanos8_29_30calvino.htm
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Bibliografia:

[117] The Effective Invitation, pp. 94-95. Veja também  Protestant Worship: Traditions in
Transition, p. 174.

[118] Finney destacou-se também por inovar em termos de apelo e por iniciar revivamentos.
Empregando o que era chamado de “novas medidas”, he argüia que não havia nenhuma forma normativa
do culto no NT. E tudo que tivesse êxito em trazer pecadores para Cristo seria aprovado
(Christian Liturgy, p. 564; Protestant Worship: Traditions in Transition, pp. 176-177).

[119] The Effective Invitation p. 95.: O primeiro uso histórico da frase “banco de  penitente”
vem de Charles Wesley .[ “Oh, aquele banco penitente santificado.” Para uma crítica completa
sobre o banco de penitentes veja J.W. Nevin’s The Anxious Bench (Chamgersburg: Wipf & Stock, 1843).

[120] Protestant Worship: Traditions in Transition, p. 181; Christian History, Volume VII, No. 4, Issue 20, pp. 7, 19.

[121] Christian History, Volume VIII, No. 3, Issue 23, p. 30;  Christian History, Volume VII, No. 4, Issue 20, p. 7;  Christian Liturgy, p. 566.

[122] Revival and Revivalism, pp. 226, 241-243, 277.


                                                         SOLI DEO GLÓRIA

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Cristo é o Alvo das Escrituras


Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas, Jesus, o Nazareno, filho de José.” (Jo 1:45)

O propósito de Deus ao dar-nos a Sua Palavra – as Escrituras Sagradas - , foi para que nela encontrássemos o Seu Cristo; a nossa salvação. Alguém já disse que “a Bíblia é um livro de uma só visão: Cristo”. Ele é o centro das verdades divinas. Como disse o apóstolo Paulo: “...o mistério de Deus, Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.” (Cl 2:2b-3) Admirável Cristo! Meus irmãos “em Cristo”, peçam ao Bendito Espírito Santo: “Oh, Admirável Consolador! Revela-nos Cristo, e desta forma mostra-nos o Pai!”. Cristo é a plenitude de Deus. Os homens naturais buscam sabedoria como os gregos e pedem sinais como os judeus, mas, oh! Quando Cristo lhes é revelado eles cantam: “Todas as minhas fontes são em Ti”. (Sl 87:7b) Que riqueza da graça o Pai concedeu aos Seus filhos! O Pai nos deu Cristo, e com Ele todas as coisas.(ver Rm 8:32) C.H.Spurgeon disse certa vez: “Tenho grande necessidade de Cristo; tenho um grande Cristo para as minhas necessidades”. Ò amados do Senhor! Contemplem Cristo, e busquem a Ele somente, e então sereis unidos à Fonte de todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. O testemunho de Filipe a Natanael é muito significativo. Disse ele: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas, Jesus...” Aqui está um grande exemplo aos missionários. Penso e prego que esta deve ser a única ênfase dos missionários: apresentar Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus Cristo, o único e suficiente Salvador. “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (At 4:12) A salvação não encontra-se em nenhuma denominação, em nenhuma religião, em nenhuma organização, mas somente em Cristo. “Cristianismo é Cristo, e Cristo é a revelação final e absoluta de Deus”, disse Syanley Jones.. A esta altura, deixo uma admoestação aos pregadores da Palavra de Deus: Irmãos, se conseguirmos pregar a Cristo, e somente Cristo ao nosso povo, teremos pregado tudo a eles. Para muitos de nós talvez, o que observamos ao recorrer às Escrituras não passa de um conjunto de regras, preceitos, profecias, histórias, símbolos,etc,...Todavia, o objetivo divino é revelar-nos o Cristo que é o tema central de toda a Escritura. D.L.Moody dizia: “As Escrituras não foram dadas para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida”, e somente Cristo pode realizar isto eficientemente. “Cristo é o centro das atenções no céu”, dizia Archibald Alexander e também o é para os filhos de Deus que ainda peregrinam na terra. “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. (Sl 73:25). Se ao lermos as Escrituras, não encontrarmos nelas a pessoa de Jesus Cristo, a nossa leitura é vã. “Examinais as Escrituras”, disse Cristo, e acrescentou: “porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” (Jo 5:39) As Escrituras aqui mencionadas por Cristo, faz alusão ao Pentateuco, Salmos e os livros proféticos. O novo Testamento apresenta-nos a realidade estabelecida que os santos do Antigo Testamento apontaram. “A seguir Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras.” (Lc 24:44-45) “Quando você está lendo um livro em um quarto escuro e acha isto difícil, leva-o para perto de uma janela para receber mais luz. Da mesma forma, leve sua Bíblia a Cristo”, dizia Robert Murray M’Cheyne. Sem a revelação do Cristo de Deus, a Bíblia torna-se uma biblioteca sem vida. O irmão Romeu Borneli dentro deste contexto foi muito preciso quando disse: “Cristo é a chave para a compreensão das Escrituras Sagradas”. De fato, Cristo é o ponto de convergência dos cristãos autênticos. Assim como os girassóis estão continuamente voltados para o sol e se movem em sua direção, os olhares e afetos de todos os santos estão voltados para Cristo. Certa vez ouvi o irmão Délcio Meireles rogando numa oração: “Senhor, leve os “Moisés” e os “Elias” e nos deixa ver Jesus somente...”. No livro do Evangelho segundo São Mateus, no capítulo 17, vemos um fato singular. Jesus foi a um alto monte levando consigo a Pedro, Tiago e João. Sendo transfigurado diante deles, apareceram Moisés e Elias e falavam com Ele. Talvez na estimativa de Pedro, agora eles estavam completos. A propósito, estavam ali Moisés representando a Lei de Israel, Elias representando os profetas, e....Cristo. A impulsividade de Pedro chegou-se ao extremo quando da decisão de fixarem ali três tabernáculos: um para o Senhor, outro para Moisés e ainda outro para Elias. Esta decisão de Pedro mostra que ele desconsiderava a necessidade que Jesus Cristo expôs de seguir para Jerusalém, sofrer, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia.(cf. Mt 16:21) A resposta divina surgiu-se imediatamente, estando Pedro ainda a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu. Então da nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a ele ouvi.” (Mt 17:5) O temor os apanhou de tal modo que os discípulos caíram sobre os seus rostos. Jesus então, aproximando-se deles, tocou-lhes e disse-lhes para levantarem- se. Então a narrativa divina prossegue-se apresentando o alvo e propósito divino neste episódio: “Então eles, levantando os olhos, a ninguém viram senão só a Jesus”. (Mt 17:8) “..a ninguém viram senão só a Jesus.” Que expressão! Qual tem sido o alvo de nossa visão ao lermos e meditarmos nas Escrituras? Um santo já disse: “Tenho ouvido a voz de Jesus, para mim, só Ele é perfeito; Tenho visto a face de Jesus, minha alma ficou satisfeita”. Cristo é o cumprimento da Lei, dos Profetas e dos Salmos. “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constitui herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” (Hb 1:1-2) Onde nossos olhos repousam? Em Leis, em Profetas, em ritos e ordenanças, em alguma coisa mais? Aos olhos que já foram abertos e ungidos pelo Espírito Santo, Cristo é seu Objeto supremo. A canção que flui do coração regenerado é: “Cristo é admirável, Cristo é muito admirável, Cristo é o mais admirável, Cristo é sempre admirável, Cristo é totalmente admirável! Eis o cântico da noiva celestial: “Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; nos teus lábios se extravasou a graça; por isso, Deus te abençoou para sempre. O meu amado é alvo e rosado, o mais distinguido entre dez mil.” (Sl 45:2, Ct 5:10) Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR e Salvador Jesus Cristo, Autor e Consumador da nossa fé. No coração do amoroso Pai o Seu Filho ocupa a primazia. “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a ele ouvi.” A Lei e os Profetas vigoraram até João. Cristo Jesus é a revelação suprema e completa de Deus. Ele é o “Eu Sou” manifestado a nós. Diz um trecho de uma confissão a respeito do Senhor Jesus Cristo: “...o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim”. Com respeito a isto João Calvino acertadamente disse: “O Filho de Deus tornou-se Filho do homem, para que os filhos dos homens se tornassem filhos de Deus”. Crente, qual é o objeto supremo de sua visão? Ao abrirmos a Palavra de Deus devemos rogar ao divino Espírito para que nos revele Cristo. Aleluia! Cristo é o alvo das Escrituras.

(Levi Cândido)

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