terça-feira, 4 de agosto de 2015

"CRISTO FORMADO EM NÓS"

 



Meus filhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” Gl 4:19. 

No que se concerne à obra da salvação, consideraremos três aspectos que as Escrituras nos mostram o que o Pai nos providenciou através do Seu Filho Amado Jesus Cristo. São eles: justificação, santificação e glorificação. Na justificação, vemos aquilo que Deus fez por nós pelo sacrifício de Seu Filho na cruz do Calvário. “Àquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” 2 Co 5:21. Neste sacrifício substitutivo, nós fomos libertos da condenação do pecado pela oferta do corpo de Cristo na cruz, conforme registrado em Gálatas 3:13. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro”. 

A justificação é algo que aconteceu fora de nós, pois não havia nenhum mérito em nós para que fôssemos justificados. Pelo contrário, havia razões indiscutíveis para sermos condenados, não fosse pela misericordiosa graça de Deus. Por isso, as Escrituras declaram que recebemos a justificação por graça, e isto pelos méritos suficientes de Cristo, e de Seu sacrifício vicário. “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus; a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos.(Rm3:24,25) “A justificação acontece na mente de Deus, e não no sistema nervoso do crente”. 

Todos aqueles que creram em Jesus Cristo, como conseqüência da graça soberana de Deus, e foram unidos a Cristo em sua morte e ressurreição, receberam a justificação. “Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica”. (Rm 5:1, Rm 8:33). E a garantia de nossa justificação, é a obra consumada de Jesus Cristo. “O qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou por causa da nossa justificação”(Rm 4:25). “A justiça de Cristo declarada na alta corte de justiça, é nossa absolvição completa e final”. Não há mais condenação para aqueles que foram regenerados pela graça de Deus em Cristo. “Agora, pois já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).

Alguém já disse que “Justificação tem duas partes: significa que Deus aceita os pecadores como justos; e também significa a experiência de certeza quando os pecadores sabem que são justificados” . Agora, a justificação necessariamente resultará na santificação. Romanos Capítulo 5 verso 18, fala-nos sobre a justificação que dá vida. “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida” Isto quer dizer que, aquele que foi justificado por Deus, este é santo num processo contínuo de santidade, que sem dúvida, desembocará na glorificação final.. “A justificação é aquilo que Deus faz por nós através da pessoa de Jesus Cristo, enquanto a santificação é quase exclusivamente aquilo que Deus faz em nós, por meio do Espírito Santo”. 

Neste ponto é preciso observarmos que, embora inseparáveis na obra da salvação, a justificação é um ato único que aconteceu uma única vez, enquanto a santificação é um processo contínuo.”Justificação e santificação são diferenciáveis,mas não separáveis”. Podemos colocar desta forma: “Nós fomos justificados por Deus em Cristo Jesus pela nossa morte juntamente com ele, estamos sendo santificados pela sua vida em nós, e seremos glorificados quando Ele voltar”.Em 1ªJoão3:2 lemos: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que,quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é.” “Assim, a justificação dá ao crente a garantia da sua santificação, para esperar com toda a alegria a glorificação final, onde a salvação estará realizada”. 

Isto é o que as Escrituras nos mostram; Cristo é tanto justiça, como santificação e também redenção para nós, e isto da parte de Deus Pai. “Mas vós sois dEle em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”(1Co1:30). Para compreendermos o plano e propósito da salvação, precisamos de Cristo como nossa sabedoria; para sermos libertos da condenação do pecado, precisamos de Cristo como nossa justiça; para sermos santificados – pois sem santificação ninguém verá o Senhor-, precisamos de Cristo como nossa santificação; e para sermos libertos de nossa condição corporal e implicações do pecado, precisamos de Cristo como nossa redenção. Cristo está sendo formado em nós, este é o supremo propósito do Pai. “Onde não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos”(Cl3:11). 

Nas palavras de Martin Lloyd-Jones “qualquer coisa que se apresente como cristianismo, mas que não insista na absoluta e essencial necessidade de Cristo, não é cristianismo. Se Ele não for o coração, a alma e o centro, o princípio e o fim do que é oferecido como salvação, não é a salvação cristã, seja lá o que for.” E continua o mesmo autor dizendo: “Ser salvo é estar em Cristo; não simplesmente crer no seu ensino, mas estar nEle, e ser participante da sua vida, da sua morte, do seu sepultamento, da sua ressurreição, da sua ascensão”. Cristo formado em nós, é o supremo propósito do Pai, mesmo antes da fundação do mundo. Podemos ler em Romanos 8:28-30. “Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. “...Até que Cristo seja formado em vós”. Irmãos em Cristo, todos nós que fomos chamados por Deus seremos conformados à imagem de Cristo. Aleluia!

No coração do amoroso Pai, Seu Filho ocupa a primazia. O Pai nos ama e está levando-nos até o Seu propósito, por isso preparou inúmeras circunstâncias onde seremos provados e disciplinados, com o fim de sermos participantes de sua santidade. “Porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como a filhos); pois, que filho há a quem o Pai não corrige? Mas se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo sois bastardos, e não filhos. Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai dos espíritos e então viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade”(Hb12:6-10). 

Como diz Martinho Lutero “Por isso Deus impôs a todos nós a morte, e deu a seus filhos mais queridos a cruz de Cristo com inúmeros sofrimentos e necessidades”. Contanto seja este o projeto do Pai a nós, ele providenciará circunstâncias especiais, provações e até mesmo sofrimentos, para despirmo-nos de nós mesmos, e revestirmos de Cristo. “Convém que ele cresça e eu diminua” (Jo 3:30), deve ser a aspiração de todo filho de Aba. Penso que a paráfrase mais oportuna para este versículo deveria ser: “É necessário que Cristo cresça e que eu desapareça”. E para isso, é necessário provações para podermos ser revelados a nós mesmos. Porém como alguém já afirmou : “Deus nos envia muitas bênçãos disfarçadas de tribulações”, e “o propósito das provações é a nossa edificação, e não o nosso prejuízo”. 

Lemos sobre o propósito das provações em Atos 14:22: “Fortalecendo as almas dos discípulos, e exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.” Não obstante os sofrimentos e tribulações que nos envolvem, devemos saber que o Pai celestial está no controle de tudo, “Aquele que é sábio demais para errar e demais amoroso para ser cruel”. E tudo que nos acontece, Deus determinou para o nosso bem , conforme Romamos 8:28; “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. Irmãos, um santo já disse: “não julgues o Senhor por sua razão fraca, mas confia nele por sua graça. Por trás de uma providência indiferente, ele esconde um rosto sorridente”. Cristo está sendo formado em nós, e aos Seus propósitos o Senhor não renunciará.

Amém. 

Levi Cândido

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A Igreja de Jesus Cristo



“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16:18)


Convido meus amados irmãos e irmãs para ponderarmos sobre três tópicos fundamentais que podemos extrair do texto supracitado, os quais o Senhor nos têm revelado para juntos compartilharmos.
São eles: “O FUNDAMENTO DA IGREJA”, “A EDIFICAÇÃO DA IGREJA” e “O TRIUNFO DA IGREJA”.

1º “O FUNDAMENTO DA IGREJA” “...tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...”Neste tópico há um equívoco interpretativo contrastante com a verdade com relação ao termo “pedra”. “Tu és Pedro” (“petros”, palavra grega designativa de pequenos blocos rochosos, fragmentos de rocha, pedras pequenas, pedras de arremesso). Lamentavelmente, alguns interpretaram indevidamente este verso como se Pedro fosse a principal pedra sobre a qual a Igreja seria edificada. Provavelmente, desta errônea interpretação surgiu-se a heresia católica, a qual estabeleceram Pedro como o primeiro Papa da igreja. Contudo, esta interpretação não tem respaldo ou nexo algum com a clara e consistente revelação das Escrituras, pelo contrário, opõe-se a elas frontalmente como veremos a seguir. Embora numa leitura rápida do verso em referência têm-se a suposição de que esta pedra alude-se a Pedro, numa consideração mais atenciosa percebe-se que isto não é a verdade. Apesar do jogo de palavras contido no texto, não é a pessoa de Pedro que é a pedra fundamental da Igreja. É Cristo mesmo. “Sobre esta pedra (do termo grego “petra”; rocha grande e firme) edificarei a minha igreja...”. Logo, a Igreja seria firmada sobre a Rocha. Jesus é a “petra”, a Rocha sobre a qual Sua Igreja está sendo edificada (seguem-se algumas referências para consideração: Daniel 2.34; Efésios 2.20; Atos 4.11; Romanos 9.33; 1 Coríntios 10.4; 1 Pedro 2.4). “Se a Igreja é o corpo de Cristo, Pedro não poderia ser o cabeça da Igreja. A cabeça desse corpo é o Senhor Jesus”. (Efésios 1.22-23; Colossenses 1.18) Certamente o termo “pedra” aqui mencionado por Cristo na qual a Igreja seria edificada, tem a sua aplicabilidade indiscutível a Cristo, e não a Pedro conforme podemos certificar-nos pelo contexto geral das Escrituras Sagradas. A Bíblia sendo espiritual só pode ser interpretada pela própria Bíblia. As coisas espirituais se discernem espiritualmente. (cf. I Co 2:14) O que Cristo disse é que a Sua Igreja seria edificada a partir da confissão de Pedro a Seu respeito: “..Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” (Mt 16:16b,18b) Leiamos outros versos que comprovam a veracidade desta afirmação. “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do SENHOR e é maravilhoso aos nossos olhos.” (Sl 118:22-23) “No Novo Testamento este trecho é aplicado a Cristo como o centro do novo Templo de Deus, a Igreja real”¹. O próprio Cristo fez referência deste texto aplicando-o a si mesmo, mostrando a sorte dos ímpios que rejeitarem o Seu senhorio e a sua salvação; a estes Ele será pedra de tropeço e rocha de ofensa. “Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” (Mt 21:42) Jesus é a pedra fundamental para os que confessam o Seu nome, e tem as suas vidas edificadas nEle, passando então a fazer parte do edifício de Cristo; as pedras vivas da Igreja. Para quem se recusa crer em Cristo, Ele deixa de ser esta pedra que alicerça esta vida, e então torna-se-lhe pedra de tropeço e condenação no julgamento por vir. O próprio Pedro deu testemunho desta pedra perante o Sinédrio enfatizando-O como o único fundamento estabelecido por Deus para a salvação dos que nEle crêem. “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (At 4:11-12) O mesmo apóstolo escrevendo em sua primeira epístola, no capítulo 2 versos 4-8, refere-se a Cristo como a pedra viva posta por Deus e os crentes como pedras vivas sendo edificados sobre esta pedra principal. “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.” Foi Thomas Watson quem disse: “As pessoas que não tem Cristo como Rei para reinar sobre elas jamais terão Seu sangue para salvá-las”. Cristo é o único fundamento inamovível, o alicerce da Igreja e de cada crente, que já foi estabelecido segundo a graça de Deus (cf. I Co 3:10-11), tendo sido lançado pelo Senhor através dos Seus apóstolos e profetas cristãos. A Palavra de Deus é categórica: “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.” (Ef 2:20-22) Irmãos e irmãs, lamentavelmente após a era apostólica surgiram diversos nomes para a Igreja os quais tem sido a causa de divisões e facções não procedente obviamente, da vontade do Senhor, “porque Deus não é de confusão; e, sim, de paz.” (ICo14:33ª) Foi com muita lógica e percepção que um irmão refletiu: “Quando Paulo foi a Corinto pregar o evangelho e fazer a obra do SENHOR, será que ele estabeleceu uma Igreja "Paulina" com CRISTO como seu fundamento? E Apolo, que também ministrou em Corinto, estabeleceu uma Igreja sobre a base de Apolo tendo CRISTO como seu fundamento? Ou ainda Pedro, que possivelmente também tenha ido a Corinto, formou ele uma Igreja "Petrina" com CRISTO como fundamento? É óbvio que nenhum deles fez isso. Em Corinto não havia uma Igreja "Paulina", nem "Apolônica", nem "Petrina". Sendo assim, que fizeram eles? Quando Paulo foi a Corinto e conduziu as pessoas ao SENHOR, ele estabeleceu a Igreja em Corinto. Sobre que base? Sobre a base de Corinto. Ele estabeleceu a Igreja em Corinto com CRISTO como seu fundamento e sobre a base única da cidade. Quando Apolo foi a Corinto, ele não estabeleceu uma outra Igreja, mas edificou os santos sobre o mesmo único fundamento e sobre a mesma única base, a base de Corinto. Paulo plantou-os naquela base e Apolo regou-os sobre a mesma base. Em 1 Coríntios 1:2 diz-se: "À igreja [no singular] de DEUS que está em Corinto". Paulo, Apolo e Pedro trouxeram seus diversos ministérios a Corinto, mas eles todos edificaram uma Igreja com um fundamento, sobre a única base da unidade...” Oxalá meus irmãos e irmãs isto possa ser igualmente a realidade aqui em Barueri: “À igreja de DEUS que está em Barueri”. Amados irmãos, se a igreja deve ter nome próprio, não pode ser outro a não ser o nome de Cristo. Foi assim que um cristão anônimo registrou: “A igreja é o corpo de Cristo; o corpo de um homem leva o mesmo nome de sua cabeça”. Percebam amados o que Paulo disse em Coríntios1:10-13: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós. Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Acaso, Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” Imaginem só, irmãos e irmãs, alguém dizendo: “Eu sou da Batista”, e outro: “E eu da Presbiteriana”, e ainda outro: “Eu sou da Assembléia de Deus”, etc,.. Perguntaríamos então: Acaso, Cristo está dividido? Foi “a Batista” crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome da Presbiteriana? Ah, meus amados! Que possamos estar no mesmo Espírito que testifica: “Em Cristo, a Rocha sólida, estou firme; Todo outro fundamento é areia movediça!” Os nomes denominacionais atribuídos à Igreja pelos homens não são ordenados por Deus e não subsistirão no juízo vindouro. O único nome prevalecente será aquele instituído pelo próprio Deus: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fp 2:9-11) Concordo com o irmão Silvio Maria que disse:”Nos separamos do Sistema denominacional, simplesmente porque Cristo Jesus, o Filho de Deus é o único digno!...Ele é digno do sacrifício de se deixar todos os outros nomes e divisões e nos reunir somente em seu nome eternamente Bendito”. Após considerarmos os pontos acima, creio ser oportuno levantarmos as seguintes perguntas: Qual é a nossa identidade como Igreja? Qual a base e sobre qual fundamento temos sido edificados? A propósito, a palavra Igreja provém do grego “ekklesia” (assembléia), e significa necessariamente “aqueles que foram chamados para fora”(de todas as nações, tribos, línguas e povos) para serem reunidos em torno do nosso Senhor Jesus Cristo, sob a Sua autoridade e para glorificar o Seu nome. Assim somos identificados como membros da Igreja de Cristo. Usar outros nomes para identificar a Igreja a qual é o seu corpo, penso que está mais para desonra do que para a honra ao Senhor. Que o Senhor nos livre de tudo aquilo que possa desonrá-Lo! “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3:11)

2º “A EDIFICAÇÃO DA IGREJA” “..e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,..”
Irmãos e irmãs, aqui está algo que é bem evidente, porém se faz necessário a sua ênfase: A igreja é edificada pessoalmente por Cristo e sobre Ele mesmo. Quão inutilmente vemos muitos líderes tentando edificar “igrejas” sobre outras bases e fundamentos estranhos! O máximo que eles possam fazer com seus esforços dissipa-se sem a orientação divina. “Se o SENHOR não edificar a casa (em nosso contexto; a Igreja), em vão trabalham os que a edificam;...” (Sl 127:1ª) “...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,..” O verbo “edificar” sugere-nos explicitamente o fato de que a Igreja está sob os cuidados e competência do próprio Senhor Jesus Cristo no que tange à sua edificação. Para isto “..ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,” (Ef 4:11-13) Observem irmãos e irmãs, Ele mesmo é quem concedeu os Seus santos para o bem e aperfeiçoamento do Seu Corpo. Existem muitos falsos apóstolos, falsos profetas, falsos evangelistas, falsos pastores e mestres que não foram enviados pelo Senhor, mas são lobos vorazes. O apóstolo Paulo já advertia a Igreja primitiva sobre a penetração sorrateira destes inimigos no seio da Igreja. “Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós. Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.” (Fp 3:17-19) Notem qual é a inclinação e ênfase destes inimigos da cruz de Cristo: As coisas terrenas. Normalmente, a ênfase desses falsos ministros está voltada a um fim antropocêntrico; isto é, tudo centralizado em conveniência do próprio homem. O irmão Tomaz Germanovix, num estudo bíblico deixou-nos algo muito precioso referente ao ensinamento sobre Cristo e a Sua Igreja. Disse ele: “A Igreja não é uma criação humana, uma organização ou um sistema terreno, ela teve a sua origem no próprio Senhor Jesus. Nenhuma sabedoria deste mundo pode discernir a Igreja, pois se trata de uma realidade espiritual. Assim como o novo nascimento, a Igreja jamais poderá ser compreendida a partir do raciocínio carnal. Somente o Espírito Santo pode nos dar a visão correta da Igreja que Jesus está edificando. No livro de I Coríntios 12:12-13 está escrito: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” Nesta passagem, observamos que a Igreja é a expressão do corpo de Cristo. Dizendo de outro modo, a Igreja nada mais é do que a expressão do Cristo coletivo. Todos aqueles que foram aceitos pelo Senhor, fazem parte da Igreja de Cristo. O livro de Colossenses 1:18ª, aponta que Cristo é a cabeça da Igreja: “Ele é a cabeça do corpo, da Igreja.” A Igreja é o resultado da união vital entre Cristo e todos aqueles que foram salvos. Isto significa que a Igreja é o corpo de Cristo, e ela tem como único propósito manifestar a vida de Cristo. A Igreja estará em profundas trevas quando não expressar a vida de Cristo. Uma “igreja”que não expressa a vida de Cristo pode ser tudo, organização religiosa, missão, denominação, entidade social, mas, jamais, poderá ser considerada como Igreja que Jesus está edificando. O “único material” que pode ser usado para a edificação da Igreja é o próprio Cristo, pois a vida da Igreja é a vida de Cristo”. “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15:1,5) Foi William Gurnall quem disse: “A igreja não é nada mais do que Cristo manifestado”. Há um comentário bíblico que considero bastante oportuno neste instante, expressa-se assim: “Quando Cristo é tudo em todos: As divisões desaparecem, as mais apreciadas qualidades aparecem, a compreensão e o perdão tem êxito, o amor une a todos, a paz e a gratidão dominam o coração, a vida se torna exemplar aos outros e Deus é plenamente glorificado”. O apóstolo Paulo disse em Colossenses 3:11 o seguinte: “onde não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo e em todos.” “A igreja está em Cristo como Eva estava em Adão”, disse Richard Hooker. Observem meus irmãos e irmãs, Cristo disse: “..e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,..” John MacArthur Jr. expressou-se precisamente quando disse: “A Igreja é de Cristo. Ela é de fato, na terra, uma extensão visível da vida de Cristo. O único modo pelo qual você pode ser membro da igreja verdadeira é nascer com a própria vida de Cristo. A única vida que a verdadeira igreja tem é a vida de Cristo. Ao mesmo tempo que somos uma extensão da vida de Cristo, somos certamente uma extensão do ministério de Cristo. Mas é triste dizer que a maioria das igrejas está infinitamente longe deste fato. Muitas são igrejas, apenas em virtude do fato de terem um prédio que se chama igreja”.

3º “O TRIUNFO DA IGREJA” “...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” A Igreja subsiste por Cristo e para Ele. Ela permanecerá eternamente para a glória do Senhor. Porém, enquanto a Igreja ainda estiver sendo edificada ela sofrerá perseguições e terríveis ataques por parte dos inimigos infernais. Foi Matthew Henry quem disse: “Os seguidores de Cristo não podem esperar melhor tratamento do mundo do que o que o Mestre recebeu”. Mas como dizia Benjamin E. Fernando. “A perseguição é um dos sinais mais seguros da autenticidade do nosso cristianismo”. O mesmo autor também declarou: “Esmagar a igreja é como bombardear um átomo: energia de alta qualidade é liberada em quantidades enormes e com efeitos miraculosos”. Para a Igreja, as batalhas são muitas e constantes, mas a vitória é certa e garantida: “..as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Isto significa que a Igreja é e sempre será vitoriosa por causa dAquele que a sustenta e dela cuida. Em Efésios 5:29-30 podemos certificar-nos desta verdade: “Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja; porque somos membros do seu corpo.” Assim como o pastor permanece com seu rebanho e suas ovelhas dependem totalmente dele quanto ao alimento, água e proteção contra os animais ferozes, assim também Cristo permanece com Seu rebanho, suprindo-o de toda a provisão e jamais o abandonará. Disse-nos o Senhor Jesus Cristo: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas...E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Jo 10:11; Mt 28:20b) “O mesmo Deus que controla o sol cuida do pardal”, quanto mais dos Seus filhos! Irmãos e irmãs, não devemos esperar tratamento vip num mundo que jaz no malígno. “Quem é mais inocente do que Cristo? E quem é mais perseguido? O mundo continua sendo o mesmo”, dizia John Flavel. Mas graças a Deus, a Igreja pertence ao Cordeiro – “O Senhor pelejará por nós” . “..edificarei a minha igreja,..”, disse Cristo. Se olharmos retrospectivamente, veremos muitas pelejas travadas, muitas perseguições contra o povo de Deus, muitos cristãos foram mortos (ver exemplos de fé em Hb11: considerem os versos 32-40), mas em toda a existência da Igreja o Senhor outorgou-lhes plena vitória. E, se olharmos prospectivamente (ver Ap 21), veremos que o Senhor Jesus Cristo cuidará até ao fim da Sua igreja e apresentá-la-á “a si mesmo como igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito.” (Ef 5:27) Não obstante as diversas perseguições e ataques do malévolo contra a Igreja, “se você pensa que está vendo a arca de Deus a cair, pode estar certo de que está tendo vertigens”, pois, “a causa de Deus nunca corre perigo; o que Ele começou na alma ou no mundo levará até ao fim”. O que concerne à Igreja de Cristo o Senhor levará a bom termo. “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (I Ts 5:23-24; Rm 8:31-32,37-39) Graças a Deus, o Senhor está edificando a Sua “Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Amém!

(Levi Cândido)




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A Soberana Vocação


Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3:13-14)

Há muitas coisas que gostaríamos que fossem apagadas do nosso passado. Existem certas lembranças amargas que ressurgem inesperadamente com a tendência de sufocar o gozo presente e nos paralisar em nossa caminhada. Ficar volvendo-se ao passado, “descobrindo defunto”, submetendo-se àquilo que não podemos alterar no curso de nossa existência, é pura insensatez e causa profunda depressão e paralisia espiritual. Além disso, há também os atalhos e desvios do caminho que se apresentam para desviar-nos das realidades espirituais, pois “a tendência das coisas visíveis é desviar-nos das realidades invisíveis”. Outrossim, os diversos aspectos que se apresentam, tais como: sentimentos de perda, de posse, de culpa, de angústia, etc., associando-se às frustrações passadas e os prazeres ocos do mundo, constituem-se em tropeços para o progresso da vida cristã. “A religião de algumas pessoas faz-me lembrar de um cavalinho de balanço, que se movimenta, mas não avança”, dizia Rowland Hill. Porém, há um perigo destruidor se, ao invés de avançarmos para o alvo, ficarmos a mirar as derrotas e fracassos do passado, bem como ter os nossos afetos voltados às coisas deste mundo. Somos advertidos pelo nosso Senhor Jesus a este respeito: “Lembrai-vos da mulher de Ló”. (Lc 17:32) Não obstante Ló, sua mulher e suas duas filhas serem advertidos pelo Senhor através de seus mensageiros para que “não olhassem para trás”, mas fugissem para o monte a fim de não perecerem no caminho, contudo, nos é dito que “a mulher de Ló olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal”. (Gn 19:26) É interessante compreendermos o significado da expressão “olhou para trás”. Esta expressão em hebraico significa literalmente “demorou-se”, indicando que os desejos relativos à luxúria perdida eram bem mais fortes do que o interesse que a salvação gratuitamente oferecida pelo Senhor lhe podia despertar¹. “Se você quer fugir de Deus, o diabo lhe emprestará tanto as esporas como o cavalo.”, dizia Thomas Adams. Por isso o Senhor Jesus tomou como exemplo este fato para advertir-nos quanto à época de sua volta. “a certeza da segunda vinda de Cristo deve tocar e impregnar cada parte do nosso comportamento diário”, dizia John Blanchard. A igreja de Cristo aspira pela vinda do Seu Amado. “E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” (Ap 22:17) Alguém já disse que “a vontade do homem é governada por aquilo que ele ama”. Precisamos considerar o que diz Cristo: “Porque onde está o teu tesouro, ai estará também o teu coração”. (Mt 6:21) Um cristão anônimo ajuda-nos a repensar: “quanto mais do céu desejamos, menos da terra cobiçamos”. Irmãos e irmãs, precisamos reavaliar nossa vocação cristã à luz da Palavra de Deus. É imprescindível que atentemo-nos à carreira cristã que nos está proposta. Aqueles que não sabem para onde estão indo, não importa qual o caminho a seguir, mas quanto aos filhos de Deus, eles foram chamados para um alvo definido e supremo: a esquecerem as coisas que para trás ficam e avançar para as que diante deles estão, prosseguindo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Isto não significa que jamais nos lembraremos das coisas passadas. Isto acontecerá somente quando estivermos com o Senhor na Sua glória. “Todos os males decorrentes do pecado no mundo atual serão esquecidos no mundo novo”. “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Ap 21:4) Se lermos com atenção alguns versos do capítulo 3 da epístola aos Filipenses, nos versos 5 e 6 por exemplo, vemos o apóstolo Paulo lembrando do passado. Ele estava lembrando de que teria motivos suficientes de gloriar-se na carne (v. 4). Surgiram as lembranças de quando ele era religioso legalista (v.5), e até mesmo lembrou-se que outrora foi um fariseu tão zeloso – e cego, é claro - que chegou a perseguir a igreja de Cristo (v. 6). Ele lembrou-se noutra ocasião em que consentiu no apedrejamento e morte de Estevão. Ah! Como Paulo gostaria de esquecer de todas estas coisas! Mas o que ele nos ensinou mais adiante (Fp 3:13-14), é que o que ele era no passado, e o que fez outroramente, não poderiam interpor-se em tropeços em seu caminho, porque agora ele tinha um alvo supremo, um prêmio a alcançar: “a soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Ele tinha convicção de que a despeito do que ele fora e praticara no passado, era devido exclusivamente à graça de Deus o que agora era. “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou...”, disse ele. (I Co 15:10ª) “A graça de Deus transforma o indigno...ela desfaz o que éramos e nos torna o que somos”. Ao considerarmos o contexto dos versos de nossa reflexão, podemos ver que o apóstolo Paulo estava tratando a respeito da perfeição. Vejamos os versos 12 e 15 do capítulo 3 da epístola aos Filipenses. “Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também conquistado por Cristo Jesus. Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará.” Conforme alguns estudiosos das Escrituras já observaram, é muito provável que houvesse um grupo de “perfeccionistas” em Filipos, que sustentavam a perfeição quantitativa do cristão, o que Paulo desmentiu em sua própria experiência conforme o verso 12. Então, alguém poderá questionar; porque Paulo disse no verso 15 que “todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento...” (?) Se fizermos a comparação deste versículo com o mesmo versículo da tradução da NVI ², veremos uma palavra interessante; “Todos nós que alcançamos a maturidade...”, assim expressa esta tradução. Creio que esta perfeição ou maturidade a que Paulo referiu-se aqui, está relacionada à “soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”, e esta é alcançada de fé em fé, de glória em glória, até ao dia de Cristo Jesus. “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus”. (Fp 1:6). “Deus cuida de nós, purifica-nos e continua sua obra em nós, até levar-nos ao fim de sua promessa”. O texto de 1ª Pedro 5:10 é bem esclarecedor: “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar”. Alguém dentro deste contexto já refletiu: “os melhores cristãos que existem entre nós são apenas cristãos em formação; de forma nenhuma são produtos acabados”. Na verdade, em nós mesmos não somos perfeitos enquanto estivermos nesta terra, mas graças a Deus temos a vida do Seu Filho, logo, temos nele a perfeição. A vida que agora vivemos na carne, vivemos pela fé do Filho de Deus. “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; e estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade;” (Cl 2:9-10). Já foi dito por alguém que “o cristão perfeito é aquele que tendo consciência de seus próprios fracassos está decidido a avançar para o alvo confiando somente na graça de Cristo”. Irmãos e irmãs, a soberana vocação de Deus em Cristo Jesus era o prêmio que o apóstolo Paulo tanto almejava alcançar e trata-se da conformidade à imagem do Filho de Deus. Esta também deve ser a aspiração de todo filho de Aba. “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim...” (Gl 1:15-16ª) “aprouve a Deus revelar seu Filho em mim” – não para mim, mas em mim -, esta é a soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Este alvo supremo o apóstolo Paulo declarou às igrejas por onde passou. Podemos ver o que ele disse à igreja da Galácia: “Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 6:15,19-20ª). Vejamos também o que ele disse à igreja de Corinto: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (II Co 5:17). Paulo demonstrava esta aspiração não somente com respeito a si próprio, mas desejava o mesmo pelos irmãos em geral; a igreja de Cristo. “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós;” (Gl 4:19). Paulo estava decidido; ele não estava preocupado com sua sorte pessoal, mas regozijava-se na esperança da glória que receberia de Deus em Cristo Jesus. “Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” (Fp 1:20-21). Observem irmãos; toda a vida de Paulo (pensamentos, atos, atitudes, etc.) estava relacionada com Cristo que o conquistara. Irmãos e irmãs, ao adentrarmo-nos num novo ano, que seja esta a mesma aspiração que tinha o apóstolo Paulo: “Para mim, o viver é Cristo”. Cristãos, somos peregrinos e forasteiros neste mundo, logo estaremos no lar que nosso SENHOR nos preparou. “Este mundo é nossa passagem, não nossa porção”, disse Mathew Henry. E John Flavel também disse algo muito precioso: “Cristo acabou sua obra por nós? Então não pode haver dúvidas que Ele também acabará sua obra em nós”. Isto é muito consolador irmãos; “o que o SENHOR começou na alma ou no mundo Ele levará até ao fim” . William Gurnall também disse: “A vida da glória de Cristo está inseparavelmente ligada à vida eterna de seus santos”. Ó amados, a despeito de vossas aflições e adversidades da vida, “deixa que Deus ordene os teus caminhos e espera nEle, o que quer que aconteça; nEle terás nos duros e maus dias tua suficiente Força e direção. Quem no perene amor de Deus confia sobre a Rocha Inabalável edifica”. “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8:28-29) Gostaria de concluir este estudo com a seguinte observação já feita por alguém: “Olhar para Ele nos faz estar firmes e andar por fé. Andar pela fé que é do Filho de Deus, e completarmos a carreira que nos está proposta: “Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus...”(Hb 12:2) Amém.

(Levi Cândido)


( NOTAS ) 1 “CONFORME COMENTÁRIO BÍBLICO VIDA NOVA”
2 NVI “BÍBLIA NOVA VERSÃO INTERNACIONAL”



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“ATRAÇÃO ESPIRITUAL”

De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.” (Jr 31:3)

Assim inicia-se certo cântico: “A minha alma estava longe do caminho de Deus, Eu era cego e desprezível, pecador, Mas Jesus transformou minhas trevas em luz, Quando ele estendeu sua mão para mim...”.

De fato, “o Calvário é a grande prova de que nenhum homem pode fazer alguma coisa no sentido de merecer a salvação. Do princípio ao fim ela é obra de Deus”. Não fomos nós que estendemos a mão para Jesus a fim de sermos salvos, mas Ele estendeu sua mão para nós a fim de nos salvar.
Está escrito: “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve.” (Is 53:1, 59:16) “...Merecemos a condenação, mas Ele nos justificou, merecemos o inferno, mas Ele nos livrou. Graça, absolutamente graça! (Tomaz Germanovix)
Como o próprio tema nos sugere, “atração espiritual” é algo realizado por Deus, e qualquer ação correspondentemente positiva por parte do homem, no âmbito espiritual, deve-se inteiramente à graça divina, “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11:36)
C.S.Lewis foi muito enfático em sua consideração ao expressar-se: “Agnósticos amáveis falarão alegremente de como o homem procura a Deus. Para mim, eles podem também falar sobre como o rato procura o gato...Deus encostou-me na parede”.
Estávamos perdidos, foi Ele quem nos encontrou (Ex 3:18), foi o Senhor pelo Seu divino poder “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,” (II Tm 1:9) De fato, se o Senhor não nos atraísse a Ele mesmo, não teríamos o mínimo interesse Nele, e não desejaríamos buscá-Lo voluntariamente. Assim nos diz a Sua Palavra: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” (I Jo 4:19)
Ora, “a capacidade de amar nos é concedida pelo amor de Deus derramado em nossos corações”, conforme podemos certificar-nos lendo II Corintios 5:14, Gálatas 5:22 e Romanos 5:5. “Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. Mas o fruto do Espírito é: amor,... Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.” É o amor de Deus a causa primária de nossa atração a Ele, e a força motriz que nos constrange a viver para Ele. Fomos atraídos pelo Senhor com laços de amor, e uma vez enlaçados, ninguém poderá desatá-lo, pois assim cremos nas Escrituras que diz: “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; fui para eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas e me inclinei para dar-lhes de comer.” (Os 11:4) Foi considerando este amor benigno, eterno, imutável, soberano, que o apóstolo Paulo exclamou: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8:35-39)
Oh, amor santo, veraz, paternal. Amor bendito que sana todo mal. Viva Fonte de amor inesgotável, sem fim: amor que estende ao mundo e alcança a mim!
Irmãos e irmãs, vocês já foram atraídos por este amor constrangedor? Pois saibam, se foram chamados pela gloriosa graça de Deus, se foram salvos por essa soberana graça em Cristo Jesus, então é porque vocês foram atraídos com amor eterno e serão eternamente constrangidos a viverem para a glória de Deus, pois o amor de Cristo para os Seus, é sempre contínuo, sempre presente, sempre permanente, sempre ativador. Certo cristão disse com razão: “Se um dia Jesus me fez Seu, para sempre Jesus é meu”. Nós, os cristãos, somos presentes de Deus Pai ao Filho do Seu amor. Foi assim que nosso Senhor expressou-se a esse respeito: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” (Jo 6:37)
Somos presentes do amor do Pai para a satisfação de Seu Filho Jesus Cristo. À parte da revelação divina, ninguém poderá de si mesmo ir a Cristo, porquanto está escrito: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.” (Jo 6:44-45)
Pensar nesta relação divina nos enche de gozo. Saber que em nós não havia mérito algum, nenhum requisito positivo que nos recomendassem diante do Senhor (senão, somente negativos), não obstante, Ele nos amou, Ele nos salvou, Ele nos conquistou. Dentro do Seu propósito eterno, Deus “nos abençoou com toda sorte de benção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” (Ef 1:3-4)
Então pelo ato gracioso do Pai, Ele nos revelou pelo Seu Espírito a primazia do Seu Filho, conforme podemos ler em São Mateus 16:17. “Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas (e esta bem-aventurança aplica-se igualmente a cada regenerado), porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” Os irmãos percebem que conhecer a Cristo é assunto de revelação do Deus Pai? Então quando o Espírito Santo nos revelou que Cristo é a plena suficiência de Deus, percebemos que não podíamos conhecer o Pai à parte do Filho, porquanto Ele é a exata expressão do Deus Altíssimo. “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mt 11:27)
Irmãos, disto depreendemos que é o Pai quem nos revela o Filho, e o Filho quem nos revela o Pai, e tudo pelo Seu Espírito. Sem esta revelação exclusiva através do Espírito Santo, estaríamos eternamente perdidos, pois foi Ele quem nos deu vida estando nós mortos em nossos delitos e pecados. Reconhecermos a Cristo como nosso Senhor e Salvador é obra divina do Espírito Santo. “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.” (Jo 16:8-9,14-15)
Que caiam por terra toda a presunção humana que supõe que é da competência do homem, pelo seu “livre arbítrio”, qualquer decisão de escolha e/ou rejeição de sua salvação. Todos os seres humanos vêm a este mundo, mortos espiritualmente - isto todos precisam saber -, totalmente depravados, a caminho do inferno e, graças a Deus, O Senhor, segundo o Seu amor eletivo, pela sua misericordiosa graça levantam alguns dentre os mortos para a vida eterna. Isto não anula a responsabilidade humana, indubitavelmente - todos precisam buscar refúgio em Cristo -, mas confere toda glória a Deus, visto que Ele é o Autor da nossa salvação.
As Escrituras Sagradas nos mostram que fomos atraídos por Cristo no ato de Sua crucificação, conforme o evangelho de João 12:32. “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.” Crucificados juntamente com Ele, fomos mortos e sepultados para a velha vida adâmica do pecado. “sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado.” (Rm 6:6-7) Mas, bendito seja Deus, nosso Senhor foi ressuscitado “e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;” (Ef 2:6) Agora Nele vivemos e temos a Sua promessa infalível e irrevogável de nossa redenção final. “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” (Fp 3:20-21)
Irmãos e irmãs, antes de encerrarmos esta reflexão, gostaria de dizer-vos algo ainda, também de muita importância. Cristo é o anelo do Pai e fora Dele (digo com reverência), O Deus três vezes Santo não pode receber ninguém para junto de Si. Por mais duro que isso possa parecer, se alguém não tem o Filho de Deus, tampouco terá o Pai e Seu Espírito, e estará definitivamente perdido. E agora, dirijo-me aqueles que ainda não receberam a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas: Se vocês não nascerem de novo, se não sujeitarem-se à soberania de Cristo para que sejam salvos e manterem-se rebeldes contra Cristo, terão convosco esse pecado imperdoável e serão eternamente banidos da face de Sua glória. Diz-nos o Senhor em Lucas 19:27 : “Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença.”
Mesmo sendo puros os nossos motivos, mesmo sendo nobres as nossas intenções, mesmo sendo bem intencionados os nossos propósitos, mesmo sendo sincero os nossos esforços, Deus não nos reconhecerá como Seus filhos, até que recebamos o Seu Filho como a nossa suficiente salvação providenciada por Ele.
“A razão pela qual esperamos o perdão dos pecados, e vida eterna, pela fé no Senhor Jesus, é que Deus assim determinou. Ele jurou por si mesmo no evangelho salvar todos os que confiam no Senhor Jesus de verdade, e Ele nunca fugirá da Sua promessa. Ele tanto se agrada de Seu único Filho, que Ele tem prazer em todo aquele que O segura firme como sua única esperança. O grande Deus, ele mesmo toma conta dele que se apoderou de Seu Filho. Ele obra a salvação em todos os que procuram essa salvação do Redentor que foi morto. Pela honra do Seu Filho, Ele não permitirá que o homem que nele confia seja envergonhado. “Quem crê no Filho tem a vida eterna”, pois o Deus que vive eternamente O tomou para si mesmo, e o fez coparticipante da Sua vida. Se você confiar somente em Jesus, você não precisa temer, pois efetivamente será salvo, tanto agora e no Dia de Seu advento. Quando um homem O toma por Fiador, há um ponto de união entre ele e Deus, e essa união garante bênçãos. A fé nos salva porque nos faz agarrar-nos a Cristo Jesus, e Ele é um com Deus, e isso nos leva a uma conexão com Deus. (C.H.Spurgeon)
Atentemo-nos amados, só há um motivo, só há uma explicação o fato de sermos aceitos por Deus: É estando-nos em Cristo e Cristo em nós. Irmãos e irmãs, vós sabeis qual é o propósito central para o qual Deus entregou o Seu Filho por nós? É para tê-Lo de volta em cada um de nós. A igreja é a noiva do Cordeiro, e foi por ela que Cristo se entregou “para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.” (Ef 5:25-27)
Fomos atraídos pelo Senhor para que Cristo ocupe o lugar de primazia em nós, e esta é a soberana vocação dos eleitos de Deus: “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós;” (Gl 4:19)
Esta é a aspiração de todo filho do Aba. Agostinho de Hipona anelava: “Tu mesmo que incitas ao deleite no teu louvor, porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso”.
“O meu amado fala e me diz: Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.” (Ct 2:10)
“Desde que, pela fé, eu vi a fonte de suprimento que das tuas chagas fluem, o amor redentor tem sido o meu tema, e continuará a sê-lo até que eu morra”. Cristo amou a Sua igreja, como também O ama a cada crente individualmente, e amará até o fim. “Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. (Jo 13:1)
Nós em Cristo e Cristo em nós, isto é fruto do seu amor atrativo e eterno.
“logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”
(Gl 2:20)

“É meu anelo Jesus,
Ser conquistado por Ti.
Atrai-me mais com o Teu amor
E correremos pós Ti.
Beijado sou pelo Pai,
Desfruto Teu forte amor.
O mundo, então, já não me atrai;
Só quero a Ti, meu Senhor.
Jesus, o meu Amado, Me conquistou;
E qual jardim fechado, somente Dele eu sou!
Teu nome! Como esquecer?
É minha satisfação;
Qual derramado unguento em mim,
Ungindo meu coração.
Ó Fonte do meu prazer,
Declaro hoje a Ti:
Sou Teu, Amado, de mais ninguém;
Jesus, eu amo a Ti!”


(Levi Cândido)


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"Morra eu com os Filisteus"


 “...Morra eu com os filisteus...(Juízes 16:30ª)

 “Morra eu com os filisteus”. Estas foram as últimas palavras de Sansão. É muito instrutivo considerarmos os relatos bíblicos sobre Sansão e o que o levou a tomar esta resolução estando naquela condição. Convido-vos à reflexão sobre alguns aspectos relacionados a Sansão e o que poderemos retirar como lições aplicativas a nós. Consideraremos então: a) A vocação e o ministério de Sansão b) A fraqueza de Sansão c) A morte de Sansão e sua vitória definitiva

 1. A VOCAÇÃO E O MINISTÉRIO DE SANSÃO
Ninguém que já leu a Bíblia concernente a vida de Sansão, poderá negar que ele foi um instrumento escolhido por Deus e separado para o cumprimento do propósito divino em libertar o Seu povo Israel do jugo dos filisteus. Sansão foi separado por Deus para exercer o seu ministério como juiz e defensor do povo Israel contra os filisteus. Ele foi alvo deste chamamento divino para este propósito antes mesmo de nascer. “Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre; e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus”. (Jz 13:5) Como foi no caso de Sansão concernente ao seu chamamento, também o é em relação aos filhos de Deus. Eles foram separados por Deus antes mesmos de nascerem e chamados pela sua graça para o supremo propósito Dele. “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim...”(Gl 1:15-16ª) Podemos ver algo muito precioso neste texto. a) A vocação cristã legítima é de procedência de Deus somente. Ele é quem separa e chama os seus para o Seu propósito eterno. Notem; não foi quando Paulo quis, mas quando “aprouve a Deus”. “Deus escolheu-nos para seu amor e agora nos ama por causa de sua escolha”, dizia John Trapp. b) O propósito desta separação e vocação é soberano: “revelar o Seu Filho”, não para mim, diz Paulo, mas em mim. O supremo propósito do Pai celestial é que “Seu Filho seja tudo e em todos”(cf..Colossenses 3:11). Outro texto das Escrituras que nos esclarece este ponto está registrado em Romanos 8:28-30. Ali lemos: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou”. Este é o supremo propósito de Deus. E o Senhor está levando à efeito este desígnio soberano. As obras de suas mãos Ele não renunciará. Um outro aspecto importante relacionado ao ministério de Sansão diz respeito ao fato de onde consistia a sua força. Havia um pacto estabelecido pelo Senhor. Enquanto este pacto era mantido, Sansão tinha êxito, subjugava seus adversários e mantinha a vitória para o seu povo. É sumamente importante esta observação: A suficiência de Sansão não provinha dele próprio, mas provinha de outra Fonte, a saber; do SENHOR. “Desceu, pois, Sansão com seu pai e com sua mãe a Timnate; e, chegando às vinhas de Timnate eis que um filho de leão, rugindo, lhe saiu ao encontro. Então o Espírito do SENHOR se apossou dele tão poderosamente que despedaçou o leão, como quem despedaça um cabrito, sem ter nada na sua mão; porém nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que tinha feito”. (Jz 14:5-6) Tanto nesta passagem como em outros versos (ex: v.19 ; 15:14 ...) vemos que a força de Sansão provinha do Espírito do SENHOR. De igual modo, “ os crentes por si mesmos não possuem vida, poder e vigor espiritual. Tudo o que possuem em sua vida espiritual, procede de Cristo”, dizia J.C.Ryle . “ Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus”. (2 Co 3:5) Por isso, Agostinho de Hipona disse acertadamente: “Toda a nossa suficiência sem a suficiência de Deus é apenas deficiência”. Como podemos observar, o êxito de Sansão em seu ministério dependia tão somente da manutenção do pacto estabelecido pelo Senhor, sendo a observância daquele pacto sinal de sujeição e fé no Senhor. “Agora, pois, guarda-te de beber vinho, ou bebida forte, ou comer coisa imunda. Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre; e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus”. (Jz 13:4-5) Os crentes do mesmo modo, foram chamados a permanecerem no Senhor, de onde provém toda a graça para suas necessidades e êxito em seus empreendimentos. Jesus disse: “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15:4-5) Observem irmãos, as condições de alta produtividade sugeridas por uma relação vital e contínua com Cristo: “Permanecei em mim”. Notem também o verso 5; Ele não diz: “vós podeis fazer um pouco”, mas nada. Assim como Sansão deveria depender continuamente do SENHOR mantendo o pacto estabelecido por Ele, os cristãos devem em tudo depender do SENHOR Jesus Cristo, pois à parte Dele, nada podemos fazer. Por isso as obras dos cristãos estão sendo reveladas pelo fogo, portanto, se elas têm origem em Cristo permanecerão, se não , estas obras se queimarão. “ E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo”. ( 1 Co 3:12-15) Sansão deveria manter o pacto em sujeição ao SENHOR até ao fim, porém veremos adiante a quebra deste pacto que resultou em separação do SENHOR, perdas, sofrimentos e humilhações a Sansão .

2. A FRAQUEZA DE SANSÃO
 “ E desceu Sansão a Timnate; e, vendo em Timnate uma mulher das filhas dos filisteus, Subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timnate, das filhas dos filisteus; agora, pois, tomai-ma por mulher. Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos. Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto vinha do SENHOR; pois buscava ocasião contra os filisteus; porquanto naquele tempo os filisteus dominavam sobre Israel”. (Jz 14:1-4) É muito difícil envolver-se com algo sujo e sair-se sem as suas manchas. Alguém já disse que “O mundo é algo que suja e contamina. Dificilmente um homem pode andar aqui sem corromper suas vestes. Os homens do mundo são criaturas imundas, fuliginosas. Não podemos ter contato com eles sem que deixem sua imundície sobre nós”. Sansão envolveu-se com os filisteus. Seus olhos foram distraídos do propósito que lhe cabia observar diligentemente. Ele fora tomado de paixão pelas mulheres filistéias. Embora seus pais não aprovassem suas associações com as filhas dos filisteus, Sansão desejou tomar por mulher uma delas. “E desceu Sansão a Timnate; e, vendo em Timnate uma mulher das filhas dos filisteus, Subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timnate, das filhas dos filisteus; agora, pois, tomai-ma por mulher. Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos. Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto vinha do SENHOR; pois buscava ocasião contra os filisteus; porquanto naquele tempo os filisteus dominavam sobre Israel”. (Jz 14:1-4) “Quando nossos olhos fitam objetos pecaminosos estão fora de sua vocação e da guarda de Deus”, dizia Thomas Fuller. Da mesma forma, os jovens cristãos não deveriam desejar relacionamentos amorosos ou contrair-se matrimônio com alguém incrédulo que não teme ao Senhor, nem ter envolvimentos que comprometam sua vida de comunhão com o Senhor e os irmãos, pois lemos nas Escrituras em 2ª Corintios no capítulo 6 nos versos 14 a 18 “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso”. Embora o SENHOR em sua soberania providenciou ocasião contra os filisteus conduzindo Sansão à terra destes, o dever de Sansão era manter o pacto com Deus, não alinhando-se ou envolvendo-se com eles, nem participando de suas iguarias. Porque está escrito: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade”. (2 Tm 2:19) Foi neste sentido que Cristo orou ao Pai, não para que tirasse os cristãos do mundo, mas para que os livrassem do mal. “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”. (Jo 17:15-17) John Blanchard corrobora este pensamento dizendo: “Jesus não orou para que seu Pai tirasse os cristãos do mundo, mas para que tirasse o mundo dos cristãos”. Os filisteus pertenciam ao mundo pagão. O deus adorado por eles era Dagon. A idolatria prevalecia-se naquela terra. Sansão não poderia conformar-se com eles, pois era nazireu de Deus. Nazireu conforme definição do dicionário inglês HOLMAN BIBLE DICTIONARY; NASHVILLE, TENESSEE : HOLMAN BIBLE PUBLISHERS , 1991; p.1011, “é um membro de uma classe de indivíduos especialmente clique aqui devotados a Deus. O termo hebraico significa consagração, devoção e separação. Duas formas tradicionais de nazireu são encontradas. Uma era baseada num voto pelo indivíduo por um período específico; outro era uma devoção por toda a vida, seguindo a experiência revelatória de um pai que anunciou o nascimento iminente de uma criança. Os sinais exteriores de um nazireu – o crescimento de cabelo, a abstenção de vinho e outras bebidas alcoólicas, a evitação do contato com os mortos – são ilustrativos de devoção a Deus”. A palavra de Deus em Tiago alerta sobre o perigo de uma amizade envolvente com um mundo que jaz no maligno. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. (Tg 4:4) John Brown disse “É infinitamente melhor ter o mundo inteiro como inimigo e Deus como amigo do que ter o mundo inteiro como amigo e Deus como inimigo”. E alguém também já pronunciou acertadamente: “Aquele que recebe a aprovação dos ímpios devem receber a desaprovação de Deus”. Mesmo já tendo experimentado anteriormente atos de traição de sua primeira amante filistéia (cf. Jz 14:15-17), Sansão persistiu no terrível erro em possuir aquilo que lhe era ilícito ( Dalila ), pois em Israel não era costume o povo tomar por esposas mulheres estrangeiras, pois era decreto do Senhor. “ E o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, das nações de que o SENHOR tinha falado aos filhos de Israel: Não chegareis a elas, e elas não chegarão a vós; de outra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se uniu Salomão com amor”. (1 Re 11:1-2) O mesmo que aconteceu com Salomão também foi com Sansão, e esses envolvimentos com mulheres estrangeiras implicaram em conseqüências desastrosas a eles por seus desvios da vontade do SENHOR. O reino de Salomão foi retirado dele pelo SENHOR e entregue posteriormente ao servo dele. (cf. 1 Re 11:9-13 ) Sansão além de perder a sua visão e ser feito escravo pelos filisteus, teve sua comunhão com Deus interrompida de onde provinha a sua força e vitória contra os seus adversários. “ Então ela (Dalila) o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou a um homem, e rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele a sua força. E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, e me sacudirei. Porque ele não sabia que já o SENHOR se tinha retirado dele. Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e girava ele um moinho no cárcere”. (Jz 16:19-21) Para que Sansão não mais se tornasse em ameaça aos filisteus, estes vazaram-se os olhos dele, pois; que ameaça poderia ser um inimigo cego? Assim também, o inimigo do SENHOR e de nossas almas procura cegar os entendimentos dos homens para que fique obscurecida a luz do evangelho da glória de Cristo, pela qual a imagem de Deus é restaurada. “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”. (2 Co 4:3-4)

3. A MORTE DE SANSÃO COM OS FILISTEUS E SUA VITÓRIA DEFINITIVA
 “E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara em sua vida”. (Jz 16:30) Agora Sansão estava no pó; escravizado, cego, humilhado, fraco ... Mas creio que não foi somente esta percepção de Sansão que mais o entristecia, senão a percepção do fato de que por sua inobservância do pacto com SENHOR , o nome do seu Deus agora era blasfemado por um povo que não O temia e que até mesmo imputavam a seu deus Dagon, o haver entregado a Sansão em suas mãos. Penso que Sansão então sofria maltrato, humilhações, mas não tanto quanto o de ouvir dos lábios de seus inimigos: “o nosso deus Dagon entregou você em nossas mãos, Sansão”. Mas graças a Deus, pois “os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis”, diz o apóstolo Paulo em Rm 11:29. Sansão estava naquela condição, mas ele não fora destruído. O SENHOR não permitiu que os filisteus o destruísse, para que o Seu propósito em libertar o Seu povo do jugo dos mesmos fosse cumprido através de Sansão. Ele era um instrumento escolhido por Deus. Embora ele estivesse naquela humilhante condição, o SENHOR o amava e não desistiu dele. Graças a Deus, o SENHOR não desiste de nós! O SENHOR odeia o pecado, mas amou o seu povo perdido, e por isso, enviou o Seu Amado Filho para salvá-los, e libertá-los do pecado. Cristo Jesus pagou o preço de todos os pecados do Seu povo, tanto da antiga aliança, como da nova aliança, com o Seu precioso sangue. “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna”. (Hb 9:14-15) Este era também o ensino característico do apóstolo Paulo concernente à justificação por graça e fé no Senhor. Ele escrevendo à igreja em Roma disse no capítulo 3 versos 24 a 26 aos Romanos o seguinte: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”. Se um homem é salvo, ele o é apenas pela graça soberana de Deus. Vejam também o que Paulo disse aos efésios no capítulo 2 versos 8 e 9: “ Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”.(Ef 2:8-9) Porque Sansão era escolhido por Deus, recebeu do SENHOR a fé, através da qual fora restaurado e habilitado para cumprir o propósito que Deus havia estabelecido. “E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos”. (Hb 11:32-34) “Morra eu com os filisteus”, foram as últimas palavras de Sansão, porém denotam sua fé e a vitória definitiva contra os seus inimigos. “Então Sansão clamou ao SENHOR, e disse: Senhor DEUS, peço-te que te lembres de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos. Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha a casa, e arrimou-se sobre elas, com a sua mão direita numa, e com a sua esquerda na outra. E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara em sua vida”. (Jz 16:28-30) A morte de Sansão com os filisteus foi a emancipação de sua vida vitoriosa. Notem; Sansão não diz: “morra eu para os filisteus”, e tampouco diz; “morra os filisteus para mim”, mas; “morra eu com os filisteus”. Sansão estava escravizado, mas tornou-se livre pela morte. Do mesmo modo, “o homem está escravizado a tudo aquilo que ele não pode abandonar, a menos que abandone a si mesmo”. E o modo estabelecido por Deus para este abandono é pela cruz de Cristo. “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”. (Gl 6:14) Observem irmãos; não somente “o mundo está crucificado para mim”, mas também “e eu para o mundo”, e isto pela cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Da mesma forma, “a vida oferece apenas duas alternativas: crucificação com Cristo, ou auto-destruição sem Ele”. “Morra eu com os filisteus” foi a decisão definitiva de Sansão para sua liberdade espiritual. “Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna”. (Jo12:25) A morte precede a vida. “ Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer”. (1Co 15:36) O novo nascimento, ou regeneração, é a vida vinda da morte com Cristo, após perdermos a nossa juntamente com Ele pela Sua morte na cruz. “Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. (Gl 2:19-20) Um cristão anônimo disse: “Seremos controlados ou por Satanás, ou pelo eu, ou por Deus. O controle de Satanás é escravidão; o controle do eu é futilidade; o controle de Deus é vitória”. Graças a Deus o Justo sobre a cruz é o único ponto de contato entre o pecador e o poder salvador de Deus”. “Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal”. (2 Co 4:10) “Fiel é a palavra: se já morremos com ele (com Cristo), também viveremos com ele”. (2 Tm 2:11) “ Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória”. (Colossenses 3:1-4) Amém !

(Levi Cândido)



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