No mês de junho de 2002 o sínodo da diocese anglicana de New Westminster autorizou o seu bispo a realizar uma liturgia para a bênção de uniões entre pessoas do mesmo sexo. Essa liturgia é para ser utilizada em qualquer paróquia da dioceses que venha a solicitá-la. Vários membros do sínodo se retiraram para protestar esta decisão. Eles se declararam a si mesmos fora de comunhão com aqueles bispos e com o sínodo e apelaram ao Arcebispo da Cantuária e a outras autoridades e bispos da Igreja Anglicana, solicitando ajuda.
J. I. Packer, editor executivo da
revista Christianity Today, foi um dos que se retiraram. Muitas pessoas têm lhe
perguntada o por que desta atitude. Apesar de uma das partes da sua resposta se
aplicar especificamente aos anglicanos, o seu raciocínio mais abrangente pode
dar direcionamento a qualquer cristão que está perturbado pelos
desenvolvimentos em progresso dentro de sua igreja ou denominação.
Por que me retirei com os demais?
Porque esta decisão, dentro do seu contexto, falsifica o evangelho de Cristo,
abandona a autoridade das Escrituras, prejudica a salvação de outros seres
humanos e representa uma traição à igreja, no que diz respeito ao seu papel
recebido de Deus, de ser a fortaleza e baluarte da verdade divina.
Minha autoridade principal é um
escritor bíblico chamado Paulo. Durante muitas décadas eu tenho feito esta
pergunta a mim mesmo a cada esquina da minha jornada teológica: Paulo estaria
caminhando comigo na direção em que estou indo? O que diria ele, se estivesse
no meu lugar? Nunca ousei me pronunciar sobre alguma coisa sobre a qual eu não
tivesse uma boa razão para acreditar que eu teria o endosso dele.
Na primeira carta aos coríntios lemos
algo que parece ter sido escrito a algumas pessoas que ensinavam um tipo de
antinomianismo espiritual:
"Não
sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os
devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os
sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os
maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E tais fostes alguns
de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em
nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus".
Para nos certificarmos de que
compreendemos o que Paulo está dizendo, neste trecho, faço algumas perguntas:
Primeiro: A que Paulo está se
referindo, quando ele relaciona essa lista de vícios? Resposta: A estilos de
vida, a formas repetitivas de comportamento, a hábitos de mente e de ação. Ele
não tem em mente quedas pontuais seguidas de arrependimento, perdão e (com a
ajuda de Deus) maior vigilância contra recaídas; mas estilos de vida nos quais
alguns de seus leitores estavam se inserindo, acreditando que não havia nenhum
dano neles, para o Cristão.
Segundo: O que é que Paulo está dizendo
sobre esses hábitos? Resposta: Eles são caminhos pecaminosos e se não houver
arrependimento e renúncia a esse caminhar, aquelas pessoas, que assim se
identificam, estarão fora do Reino de Deus quanto à salvação. Claramente identificamos
na atitude expressa por essas pessoas, auto-indulgência, auto-gratificação,
ausência de auto-disciplina e de abnegação bem como uma falta de discernimento
moral subsistindo no fundo de seus corações.
Terceiro: O que Paulo está dizendo
sobre a homossexualidade? Resposta: Aqueles que declaram pertencer a Cristo
deveriam evitar a prática de conexão física com o mesmo sexo com fins de
gratificação sexual, seguindo o modelo do coito heterossexual. As expressões de
Paulo - "efeminados" e" sodomitas" - homens que praticam a
homossexualidade, como temos em algumas traduções se referem às duas palavras
gregas que identificam as pessoas envolvidas nesses atos. A primeira, arsenokotai,
significa, literlamente," aquele que se deita com um macho" - isso
parece suficientemente claro. A segunda palavra, malakoi, é
utilizada em muitas conexões com o significado de "não masculino",
"relativo a mulher" e "efeminado"; aqui a referência é à
pessoa do sexo masculino que se presta ao papel da mulher no contato sexual
físico.
Neste contexto, no qual Paulo utiliza
dois termos para caracterizar desvios comportamentais sexuais, não existe campo
para duvidar o que passava em sua mente. Ele deve ter conhecido, como cristãos
contemporâneos conhecem, que alguns homens são atraídos por homens em vez de
por mulheres, mas ele não está falando de inclinações, somente de
comportamento; daquilo que, mais recentemente, tem sido chamado de
"assumir". O seu ponto é que os cristãos têm que resistir esses
impulsos, uma vez que exteriorizá-los em ação não pode agradar a Deus e
demonstrará impenitência letal. Romanos 1.26 mostra que Paulo haveria falado de
forma similar quanto ao comportamento lésbico, se existisse razão para ser
mencionado nesta mesma passagem.
Quarto: O que é que Paulo está afirmando sobre o evangelho?
Resposta: aqueles que, como pecadores perdidos, entregam-se a Cristo em fé
genuína assim recebendo o Espírito Santo, como todos os cristãos o recebem (ver
Gl 3.2), recebem transformação nessa transação. Eles recebem uma limpeza de consciência
(a lavagem do perdão), a aceitação da parte de Deus (justificação) e a força
para resistir e não externar as tentações específicas que experimentam
(santificação). Assim um amigo meu, pregador, se expressou à sua congregação:
"quero que vocês saibam que eu sou um adúltero não praticante". Desta
forma ele testemunhava ter recebido o fortalecimento da parte de Deus.
Com alguns crentes da igreja de
Corinto, Paulo estava celebrando o a concessão de poder moral advindo do
Espírito Santo, no campo heterossexual; junto com aqueles membros da igreja de
Corinto, os homossexuais de hoje são conclamados a provar, viver e celebrar o
recebimento deste poder moral do Espírito Santo, no campo homossexual. Um outro
amigo meu, a quem eu conheci durante 30 anos, viveu com desejos homossexuais
durante toda a sua vida adulta, mas permaneceu um esposo e pai fiel, casto,
sexualmente, pelo poder do Espírito Santo, de acordo com o evangelho. Ele é um
modelo em todos os sentidos. Todos nós sofremos tentações sexuais, de uma
maneira ou de outra, mas podemos todos caminhar a jornada da castidade, assim
possibilitados pelo Espírito, agradando, desta forma, a Deus.
Perdendo o foco do pensamento de Paulo
Presumindo a plena seriedade e
sinceridade de todos os que atualmente se envolvem no debate, entre cristãos,
com relação à homossexualidade, tanto na diocese de New Westminster, como em
qualquer outro local, preciso perguntar: como uma pessoa pode deixar de
entender a contundência do que Paulo diz aqui? Creio que existem duas maneiras
disso acontecer.
A primeira maneira, a mais fácil de se
lidar, é a maneira da exegese especial. Com isso quero me referir às
interpretações que, mesmo que possíveis, são artificiais e não ocorrem
naturalmente, mas que levam alguém a dizer: "o que Paulo está condenando
não é o tipo de união de pessoas entre o mesmo sexo que eu estou
propondo". Eu concordo que considerar que uma linha de interpretação é
artificial - e assim se constitui em uma interpretação errada -, é uma questão
de juízo próprio. Eu não conheço, entretanto, qualquer pessoa com um raciocínio
razoável que possa o livro de
500 páginas de Robert A. J. Gagnon - "A Bíblia e a prática homossexual: Textos e hermenêutica" (Abingdon, 2001), que não venha a concluir que qualquer exegese que evite o significado claro do que Paulo está ensinando está fugindo à questão. E de agora em diante eu não posso considerar ninguém realmente qualificado a debater o assunto da homossexualidade que não tenha se envolvido no exame enciclopédico de Gagnon de todas as passagens relevantes e em todas as hipóteses exegéticas que existem, relacionadas com esses trechos. Nem sempre tenho concordado com James Barr, mas quando, na capa do livro ele descreve o tratado de Gagnon como "indispensável até para os que discordam do autor", penso que ele está absolutamente correto.
500 páginas de Robert A. J. Gagnon - "A Bíblia e a prática homossexual: Textos e hermenêutica" (Abingdon, 2001), que não venha a concluir que qualquer exegese que evite o significado claro do que Paulo está ensinando está fugindo à questão. E de agora em diante eu não posso considerar ninguém realmente qualificado a debater o assunto da homossexualidade que não tenha se envolvido no exame enciclopédico de Gagnon de todas as passagens relevantes e em todas as hipóteses exegéticas que existem, relacionadas com esses trechos. Nem sempre tenho concordado com James Barr, mas quando, na capa do livro ele descreve o tratado de Gagnon como "indispensável até para os que discordam do autor", penso que ele está absolutamente correto.
O segunda maneira, que é mais difícil
de lidar com ela, é permitir que a experiência julgue a Bíblia. Algumas pessoas
modernas, alicerçadas na propaganda advinda dos partidários da igualdade
homossexual, e que têm os corações possuídos pelo mito pseudo-freudiano, de que
é praticamente impossível você ser uma pessoa sadia sem expressar-se ativamente
na área sexual, sentem-se no direito de dizer: "Nossa experiência é - ou,
em outras palavras, sentimos - que as uniões gay são boas, então a proibição
bíblica deve estar errada". A resposta natural é a de que a Bíblia deve
julgar a nossa experiência em vez do contrário; e que os sentimentos de
excitação e atração sexual, que geram uma importância enorme e uma necessidade
de realização de ações correspondentes - o que ocorre, não podem ser confiados
como um caminho de vida sábia ou como um guia de interpretação bíblica. Fazendo
uma rima com o princípio, como era comum em minha infância: O desejo sexual / E
seu fogo sensual / É mentiroso mortal. Mas é necessário afirmarmos mais algumas
coisas.
Dois pontos de vista sobre a Bíblia
A questão aqui representa um enorme
desfiladeiro - a diferença entre a natureza da Bíblia e a forma que ela
transmite a mensagem de Deus aos leitores modernos. Duas posições se desafiam
mutuamente. Uma é a crença cristã histórica de que, através dos profetas, do
Filho encarnado, dos apóstolos e dos escritores das Escrituras canônicas, como
um todo, Deus utilizou linguagem humana para nos relatar, de maneira definida e
transcultural, sobre os seus caminhos, as suas obras, a sua vontade e a sua
adoração. Além disso, essa verdade revelada é compreendida deixando a Bíblia
interpretar-se a sim mesma, de dentro para fora, na convicção de que o caminho
à mente de Deus é o dos autores das Escrituras. Através deles, o Espírito Santo
que os inspirou, ensina a igreja. Finalmente, uma das marcas da percepção
bíblica sã, é que essas interpretações não contradizem nada mais, dentro do
cânon. Esta é a posição das igreja Católico-romanas e Ortodoxas, dos
evangélicos e de outros protestantes conservadores. Existem diferenças sobre o
papel da igreja, nesse processo de interpretação, mas todos concordam que o
processo é como o descrevi. Eu chamaria essa posição de objetivista.
A segunda visão aplica ao cristianismo
a impulsão iluminista da razão humana, juntamente com a pressuposição
evolucionista que está em moda, de que o presente é sempre mais sábio do que o
passado. Ela chega à conclusão que a sabedoria está no mundo e a igreja deve
correr atrás para se atualizar intelectualmente, a cada geração, para que possa
sobreviver. Partindo desse alicerce, tudo na Bíblia torna-se relativo às
percepções da igreja que estão sempre em evolução; essas, por sua vez, são relativas
ao desenvolvimento contínuo da sociedade (nada permanece firme); e o ministério
de ensino do Espírito Santo serve para auxiliar o fiel a verificar onde as
doutrinas bíblicas demonstram as limitações culturais da antigüidade e as
necessidades de ajuste, à luz da experiência dos últimos dias (encontros,
interações, perplexidades, estados de mente e emoções, e assim por diante).
Uniões entre pessoas do mesmo sexo constituem um exemplo disso. Este ponto de
vista não tem mais de 50 anos de idade, apesar dos seus antecedentes terem
raízes muito mais remotas. Eu chamaria essa posição da posição subjetivista.
No debate da diocese de New
Westminster, os subjetivistas dizem que o que está sendo questionado não é a
autoridade das Escritura, mas a sua interpretação. Eu não questiono a
sinceridade daqueles que afirmam isso, mas tenho minhas dúvidas sobre a clareza
de pensamento dessas cabeças. A forma do subjetivista para afirmar a autoridade
das Escrituras, como fonte de ensinamento que precisa agora ser ajustada, é,
precisamente, uma negação da autoridade das Escrituras, do ponto de vista do
objetivista - clareza demanda que afirmemos assim. A autoridade relativa de
especialistas religiosos do passado, que agora precisa ser turbinada no nosso
mundo ocidental pós-cristão, de múltiplas fés, em constante evolução - é um
ponto de vista. A autoridade absoluta das declarações imutáveis de Deus,
colocadas perante nós para serem aprendidas, cridas e obedecidas - como as
principais igrejas o têm feito, sem se importar o que o mundo pensa disso - é o
outro ponto de vista.
Aquelas que estão sendo apresentadas
como sendo diferentes "interpretações" são, na realidade reflexos do
que é definitivo: em um dos pontos de vista, o ensinamento doutrinário e moral
das Escrituras é sempre a última palavra; no outro ponto de vista, nunca é uma
palavra final. O que é definitivo, para os expositores desse ponto de vista,
não o que diz a própria Bíblia, mas o que produzem suas próprias mentes na
medida em que procuram encaixar o ensinamento bíblico com a sabedoria do mundo.
Cada um desses pontos de vista sobre a
autoridade bíblica enxerga o outro como falso e desastroso, e cada um tem a
certeza que o bem do cristianismo, a longo prazo, requer que o ponto de vista
oposto seja abandonado e deixado para trás o mais rápido possível. O conflito
contínuo entre eles, que aflora na discordância sobre as uniões de pessoas do mesmo
sexo, é uma luta até a morte, na qual ambos os lados estão certos de que têm no
coração os melhores interesses da igreja. É um grande erro, na realidade até um
erro crasso, rotular essa discordância simplesmente de uma diferença de
interpretações, como as que sempre encontraram espaço providenciado pela
abrangência anglicana.
Perigos espirituais
Além disso, muitas questões espirituais
estão envolvidas nisso. Abençoar liturgicamente uniões de pessoas do mesmo sexo
é pedir a Deus que abençoe a eles e àqueles que se juntam a eles, como é feito
numa cerimônia de casamento. Isso presume que o relacionamento, do qual a união
física é uma parte integral, é intrinsecamente bom e, se podemos criar um
termo, é abençoável da mesma forma que é um relacionamento sexual destinado à
procriação, dentro de um casamento heterossexual. Sobre essa pressuposição
existem três coisas a comentar.
Primeiro, ela envolve um desvio do
evangelho bíblico e do credo cristão histórico. Ela distorce as doutrinas da
criação e do pecado, afirmando que a orientação homossexual é boa, uma vez que
as pessoas gays são feitas dessa maneira; rejeitando a idéia de que as
inclinações homossexuais são uma desordem espiritual, mais um sinal e fruto do
pecado original no sistema moral das pessoas. Ela distorce as doutrinas da
regeneração e da santificação, chamando a união entre pessoas do mesmo sexo de
um relacionamento cristão, assim afirmando o que a Bíblia chamaria de
salvação" no pecado", em vez de "do pecado".
Segundo: ela ameaça destruir o meu próximo.
A proposta oficial disse que os ministros que, como eu, forem contrários a dar
este tipo de bênção, deveriam remeter os casais gays a ministros que tenham a
disposição de conceder tal bênção. Seria isso cuidado pastoral? Será que eu não
deveria tentar auxiliar as pessoas gay a modificar os seus comportamentos, em
vez ancorá-los neles? Será que eu não deveria auxiliá-los na prática da
castidade, da mesma forma que eu tento ajudar os solteiros eriçados e os
divorciados na pratica da castidade? Eu não quero vê-los todos no reino de
Deus?
Terceiro, ela envolve o engano de estar
esperando de Deus - na realidade, solicitando dele - que venha santificar o
pecado, abençoando o que ele condena. Isso é uma postura irresponsável,
irreverente, na realidade,é blasfêmia e totalmente inaceitável como política
eclesiástica. Como eu poderia praticá-la?
Mudando uma tradição histórica
Finalmente, está envolvida aqui uma
drástica mudança no anglicanismo: a escrita em uma constituição de uma diocese
de algo que as Escrituras, interpretadas canonicamente, claramente e sem
ambigüidades rejeita como pecado. Isso nunca foi feito antes e não deveria ser
feito agora.
Todos os padrões escritos do
anglicanismo pós-reforma têm sido intencionalmente bíblicos e universais. Têm
sido bíblicos no que diz respeito à visão histórica da natureza e autoridade
das Escrituras. Têm sido universais no que diz respeito ao consenso histórico
da igreja. Muitas excentricidades e variações individuais têm sido toleradas na
prática. As controvertidas e recentes permissões para realizar o casamento de
divorciados e ordenar mulheres ao presbiterato têm tido argumentos construídos
de permissões bíblicas, apesar de correntes minoritárias disputarem essa
posição. Em termos bíblicos e universais, entretanto, a decisão da diocese de
New Westminster registra a legitimação do pecado nos padrões constitucionais da
diocese.
Ela categoriza os abstêmios tolerados
como o esquadrão canhestro de excêntricos em vez de como a corrente principal
de anglicanos, como eram antes considerados. Essa decisão, portanto, somente
pode ser justificada apelando-se para o relativismo bíblico; é um visão nova do
que é autoridade bíblica e, na minha concepção, uma aranha que tece uma teia na
igreja anglicana, uma heresia em seus próprios méritos. É uma decisão
devastadora para o anglicanismo em escala mundial, porque modifica a natureza
do próprio anglicanismo. Precisa ser revertida.
A resposta de Lutero, em Worms, quando
lhe perguntaram se ele retratava o que havia escrito, ecoa em minha memória,
como tem ressoado por mais de cinqüenta anos: "A não ser que possam me
provar pelas Escrituras e pelo raciocínio simples que estou errado, eu não
posso e não irei me retratar. Minha consciência está cativa à Palavra de Deus.
Ir contra a consciência nem é correto nem seguro [coloca a alma em perigo].
Aqui permaneço. Não há nada que eu possa fazer. Deus me ajude. Amém".
Consciência é aquele poder da mente
sobre o qual não temos poder, que nos prende à crença do que vemos ser
verdadeiro e do que vemos ser correto. A consciência cativa à Palavra de Deus,
isto é, aos absolutos com a autoridade de Deus, nos ensinamentos da Bíblia, é o
cristianismo integral e autêntico.
Lembro-me de mais palavras de Lutero:
"Se eu professar com a mais alta voz e a exposição mais clara cada porção
da verdade de Deus, exceto aquela que o mundo e o diabo estão ocupados em
atacar, no exato momento, não estou confessando a Cristo, apesar de quão
ousadamente eu possa professar a Cristo. No calor da batalha é quando a
lealdade do soldado é provada; estar firme no campo de batalha, mas se esquivar
em algum ponto, é uma mera fuga e uma desgraça".
Qual era a forma de protesto? Era votar
"não" a coisa certa a fazer? A fidelidade a Cristo e a confissão fiel
a Cristo requeria isso? Assim parece. Se é assim, então nossa tarefa é
permanecer firme, vigiar, orar e lutar por coisas melhores: pela verdadeira
autoridade da Bíblia, pela "verdade verdadeira" do evangelho e pela
salvação de pessoas gays, as quais estimamos.
Tradução: Pb. Solano Portela
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